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Enel SP diz que restabeleceu energia a afetados por temporal e que "não está mais em crise"

17 out 2024 - 08h53
(atualizado às 09h30)
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Por Letícia Fucuchima

SÃO PAULO (Reuters) -A distribuidora Enel São Paulo recuperou a prestação dos serviços de energia para 3,1 milhões de clientes afetados pelo temporal da última sexta-feira, sendo que atualmente 36 mil estão sem fornecimento, número que se aproxima da "normalidade" das operações, disse nesta quinta-feira o presidente da concessionária, Guilherme Lencastre.

Em entrevista a jornalistas sobre os impactos do temporal, o executivo disse que a Enel não está mais em situação de crise e defendeu mudanças no contrato de concessão das distribuidoras, afirmando que o modelo atual "não incentiva" maiores investimentos em resiliência da rede elétrica.

A distribuidora que atende a região metropolitana de São Paulo havia informado inicialmente que 2,1 milhões de clientes haviam sido afetados pelo tempestade, mas corrigiu nesta quinta-feira esse número para 3,1 milhões.

Segundo o presidente da concessionária, 1 milhão de clientes tiveram seu fornecimento de energia recuperado "rapidamente" devido a recursos tecnológicos aplicados na rede e acabaram não entrando na apuração divulgada inicialmente.

Lencastre avaliou que "a curva de recuperação dos clientes" da distribuidora foi "melhor" que a de novembro do ano passado, quando milhões de clientes também ficaram sem luz depois de um evento climático extremo, com os trabalhos de recuperação se prolongando por uma semana.

Até a véspera, no quinto dia após o temporal, a concessionária ainda apurava 100 mil clientes sem energia na região metropolitana paulista.

"É importante dizer que essa situação de fato foi muito atípica, ano passado também foi atípico, mas nós nos preparamos", disse ele.

Segundo Lencastre, a companhia está mantendo suas operações e equipes "como se estivesse em crise", a fim de se preparar para os eventos climáticos previstos para o próximo fim de semana.

SEM INCENTIVO

O presidente da Enel São Paulo também afirmou que o contrato atual de concessão não traz incentivos para que as distribuidoras de energia aumentem investimentos em resiliência da rede elétrica, uma vez que só entram na base de remuneração das distribuidoras vários anos à frente, no ciclo de quatro a cinco anos de revisão tarifária.

Questionado sobre interesse da Enel em renovação da concessão, ele afirmou que o grupo esperará uma definição sobre o formato final do novo contrato, que está sendo desenhado pelo Ministério de Minas e Energia junto da agência reguladora Aneel, para definir uma posição.

(Edição Alberto Alerigi Jr.)

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