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Energia solar ultrapassa eólica e vira 2ª maior fonte da matriz brasileira, diz Absolar

3 jan 2023 - 14h29
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A energia solar fotovoltaica se tornou a segunda maior fonte da matriz elétrica do Brasil ao alcançar nesta terça-feira a marca de 23,9 gigawatts (GW) de potência instalada operacional, superando a eólica, com 23,8 GW, segundo levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

Painel de energia solar em Porto Feliz, São Paulo 13/2/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Painel de energia solar em Porto Feliz, São Paulo 13/2/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

A maior importância da energia solar para o país --11,2% da matriz, ficando agora atrás apenas da fonte hídrica, com 51,3%-- ocorre em meio a um forte crescimento na esteira de incentivos econômicos à instalação de usinas fotovoltaicas de pequeno a grande porte, haja vista os menores custos da fonte e seus benefícios ambientais.

No ano passado, a capacidade instalada de energia solar no país expandiu mais de 60%, sendo que, nos últimos meses, o ritmo de crescimento tem sido de praticamente 1 GW por mês.

De acordo com a Absolar, os 23,9 GW estão distribuídos em 16 GW de geração distribuída --usinas de pequeno porte, como fachadas e telhados solares em residências e comércios-- e 7,9 GW de geração centralizada --grandes empreendimentos, que vendem energia tanto para o mercado regulado quanto livre.

"A tecnologia (solar) ajuda a diversificar a matriz elétrica do país, aumentar a segurança de suprimento, reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e proteger a população contra mais aumentos na conta de luz", afirmou o CEO da Absolar, Rodrigo Sauaia, em nota.

A solar vira a segunda fonte mais representativa da matriz brasileira enquanto se prepara para mudanças importantes nas regras à modalidade de geração distribuída, principal propulsora de seu crescimento nos últimos anos.

Em 6 de janeiro, se encerra o prazo para que consumidores entrem com pedidos junto às distribuidoras de energia para conectar seus sistemas de micro e minigeração de energia e garantir isenção de taxas pelo uso da rede de distribuição. O setor chegou a tentar articular uma extensão desse prazo através de um projeto de lei --a iniciativa chegou a ser aprovada na Câmara, mas não foi apreciada a tempo no Senado.

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