Entenda a garantia do FGC e quais ativos são assegurados
Fundo Garantidor de Crédito cobre alguns investimentos de renda fixa; Assista ao vídeo
Alguns investimentos de renda fixa são assegurados pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC). Isso quer dizer que, mesmo se uma instituição financeira venha a falir, o investidor terá o seu dinheiro de volta.
“Ele foi criado em 1995 para proteger o capital e a rentabilidade do investidor que investe na renda”, explicou o educador financeiro Thiago Godoy, da Rico.
Entenda mais sobre o FGC com as informações do especialista:
O que é o FGC e como funciona?
O FGC não tem nenhum vínculo com o Governo, ele é na verdade uma entidade privada e sem fins lucrativos que garante o pagamento ao credor caso a instituição financeira coberta pelo fundo não consiga honrar com os seus compromissos. Ou seja, em caso de decretação de intervenção ou liquidação extrajudicial.
E quem mantém o fundo são as próprias instituições financeiras brasileiras.
Qual o limite de garantia do FGC?
O valor garantido pelo FGC tem um teto: o FGC garante até o limite de R$ 250 mil por CPF ou CNPJ por instituição ou conglomerado financeiro, limitado ao teto de R$ 1 milhão a cada 4 anos.
Godoy explica com o exemplo: Vamos supor que o investidor tenha R$ 1.250.000,00 investidos em cinco bancos, sendo R$ 250 mil em cada. Vamos supor agora que o Banco A decrete falência em janeiro de 2023. Com isso, o investidor recebe R$ 250 mil de volta, graças aos recursos do FGC.
A partir desse momento começa a contar um prazo de 4 anos. Caso o banco B venha a falir, em 2024, por exemplo, o investidor recebe mais R$ 250 mil. Até aí, ele já consumiu R$ 500 mil do limite de pagamento do fundo.
Se no próximo ano outros dois bancos passarem pela mesma situação, o teto de R$ 1 milhão seria alcançado. A partir daí não haveria mais ressarcimento.
Quais ativos são garantidos pelo FGC?
Os ativos de renda fixa que têm a garantia do FGC são: Certificado de Depósito Bancário (CDB), as Letras de Câmbio (LC), as Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), e a poupança.
Por que o Tesouro Direto não é coberto pelo FGC?
O Tesouro Direto não é coberto pelo FGC porque ele já é garantido pelo Governo Federal, que é responsável pela emissão dos títulos.
“Isso significa que há a garantia soberana sobre o investimento, então, para que os seus rendimentos não sejam pagos, todo o sistema bancário teria que falir, além do próprio Governo em si, que é algo que nunca aconteceu”, concluiu Thiago Godoy.