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Ericsson pagará R$ 90 mil a homossexual por discriminação

Vítima contou ter sido chamado de “gay”, “viado” e “bicha” na presença de superiores e que nenhuma providência foi tomada

7 mai 2014 - 19h02
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A companhia de telecomunicações Ericsson foi condenada nesta quarta-feira a pagar indenização no valor de R$ 90 mil ao metalúrgico homossexual Maximiliano Neves Galvão por assédio moral e homofobia.

A ação movida pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e região teve decisão favorável em primeira instância pela 5ª Vara do Trabalho local. Galvão sofreu humilhações e perseguições por parte de gerentes e supervisores que foram ratificadas por testemunhos. Ele contou ter sido chamado de “gay”, “viado” e “bicha” na presença de superiores e que nenhuma providência foi tomada.

No texto da sentença, um testemunho relata que “o gerente Osvaldo usou um formulário administrativo, conhecido como gabarito rosa, e disse que o documento era bissexual e que daria para ser usado dos dois lados”, falando em tom de ironia para o trabalhador.

Segundo a vítima, a decisão serve de exemplo para que outros não se calem e denunciem qualquer tipo de discriminação sofrida no trabalho. “Quero muito que essa decisão sirva para que outros percam o medo de enfrentar as empresas e não se calem diante dos abusos. Hoje estou de alma lavada, não pela indenização, mas pelo reconhecimento de tudo o que eu passei”, afirmou.

Em nota, a empresa informou que não comenta detalhes de processos jurídicos em andamento, no entanto, reforça o compromisso com seu código de ética corporativo assinado por todos os funcionários no momento da contratação, no qual defende a igualdade e o respeito entre todos os empregados, independente de cor, raça, sexo, opção sexual, estado civil, religião, origem social, étnica ou de nacionalidade.

Fonte: Terra
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