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Esses três grandes bancos se uniram em defesa da Amazônia

Plataforma Jornada Amazônica visa capacitar até 3 mil talentos e estimular a criação de 200 startups

22 nov 2022 - 05h30
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Foto: Adobe Stock

Com o foco em promover negócios inovadores que apoiem a manutenção da floresta em pé, a Plataforma Jornada Amazônia chega ao mercado para capacitar até 3 mil talentos e estimular a criação de 200 startups. 

A plataforma é liderada pela Fundação CERTI, gestora da iniciativa, e conta com a coparticipação e os investimentos do Bradesco, Fundo Vale, Itaú-Unibanco e Santander, se enquadrando no Plano Amazônia, aliança entre os três bancos, e no Programa de Bioeconomia do Fundo Vale. 

A união destes grandes atores vai ampliar a abrangência e o impacto de um programa que vem sendo construído e validado há três anos com capital semente do Fundo Vale e de outras organizações. O resultado é a estruturação da mais completa plataforma de inovação em negócios da bioeconomia na Amazônia voltada à conservação da floresta.

O anúncio da plataforma ocorreu em meio ao debate mundial sobre mudanças climáticas promovido pela Conferência das Partes (COP-27), da ONU, realizada entre 6 e 18 de novembro, no Egito. Com o início das operações da iniciativa, o primeiro edital será lançado no início de 2023 e, até lá, novos parceiros devem aderir à plataforma.

Como funciona a Plataforma Jornada Amazônia 

A Plataforma Jornada Amazônia tem a ambição de alavancar impactos no território junto a quem entende e compartilha da visão de que a floresta em pé vale muito mais do que ela derrubada. Os parceiros iniciais, Bradesco, Fundo Vale, Itaú-Unibanco e Santander, participam na iniciativa com o status de co-fundadores da plataforma. 

“Temos apoiado o trabalho da Fundação CERTI na Amazônia desde 2021, porque acreditamos na união entre inovação e negócios para fortalecermos uma bioeconomia que mantenha a Floresta Amazônica em pé. Essa parceria entre a CERTI, o Fundo Vale e os bancos do Plano Amazônia proporcionará um ganho de escala nas ações”, afirma a diretora do Fundo Vale, Patricia Daros.

A nova plataforma terá três frentes complementares. A primeira visa a fortalecer a cultura empreendedora, inovadora da região e aumentar o número de empresas dos setores da bioeconomia. A CERTI irá capacitar 3 mil talentos locais em empreendedorismo inovador e fomentar a criação de até 200 startups, com apoio a atividades que incluem mentorias, treinamentos e recursos não-reembolsáveis, auxiliando-as nos seus primeiros passos. Atualmente há um gargalo de empresas nesses setores, limitando o crescimento da bioeconomia na região.

A segunda frente consiste no processo de melhoria das condições de performance das startups de impacto mais promissoras, considerando as já existentes na Amazônia (ou de outras regiões, mas com impacto positivo na Amazônia), bem como as novas startups criadas no âmbito da iniciativa.

A CERTI irá fornecer suporte técnico, tecnológico e de gestão para reduzir riscos técnicos e acelerar a evolução das 100 startups mais promissoras da região. Também facilitará conexões diretas com pelo menos dez indústrias âncoras para a validação dos produtos ou soluções e investimentos nas empresas. A participação da indústria permitirá tracionar as cadeias sustentáveis da floresta. 

"Melhorar o desempenho das startups que atuam no território amazônico criará referência para a bioeconomia inovadora na região, fortalecendo ciclos posteriores do projeto", explica o diretor de Economia Verde da Fundação CERTI, Marcos Da-Ré.

A terceira frente visa a fortalecer até dez organizações estratégicas do ecossistema. A CERTI apoiará incubadoras, aceleradoras e venture builders de forma que possam alcançar um número crescente de startups e ajudá-las a sobreviverem às etapas iniciais de formação dessas empresas, a fase mais vulnerável desses negócios. 

O fortalecimento se dará por capacitação, intercâmbio de know-how e de processos, co-investimento ou operações conjuntas financiadas no âmbito da iniciativa. 

"A nossa missão é estimular um ecossistema pujante de negócios inovadores e escaláveis da bioeconomia na Amazônia, de forma a promover a competitividade da floresta em pé, tanto conservada como restaurada", acrescenta o diretor da CERTI.

Redação Dinheiro em Dia
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