'Está na hora de a CCR buscar novos investimentos', diz presidente
A CCR está focada em garantir novas oportunidades de investimentos, em suas diferentes áreas de negócios. Com um nível de alavancagem de 2,7 vezes dívida líquida/Ebitda, considerado "adequado" tendo em vista que está confortavelmente abaixo do limite estabelecido de 3,5 vezes, e observando a entrega de diversos investimentos, o presidente da companhia, Leonardo Vianna, considerou que "está na hora" de a companhia buscar novos projetos.
A companhia mapeou diversas oportunidades, incluindo disputa de novas concessões a serem ofertados ao mercado pelos governos federal e estaduais, além de novos investimentos dentro dos contratos existentes.
Somente dentro das concessões de rodovias paulistas, a companhia já identificou oportunidade de investimento da ordem de R$ 3,6 bilhões, parte dos quais já possui projetos executivos elaborados. Vianna lembrou que o governo paulista já indicou que pretende renovar as concessões e o executivo disse esperar que isso "se resolva a curto prazo".
Ainda no segmento de rodovias, Vianna citou o fato de que o governo já indicou leilão de 11 lotes de rodovias, entre novas concessões e relicitações até 2021, enquanto diversos governos estaduais estudam concessões no segmento, como Goiás, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo.
Em São Paulo, Vianna citou o vencimento da concessão da Centrovias, cuja relicitação já foi anunciada e que deve incorporar novos trechos de rodovias, e o plano de concessão das marginais na cidade de São Paulo. "A CCR foi habilitada no PMI (Procedimento de Manifestação de Interesse), vamos participar sim e contribuir com o Estado em apresentar um projeto específico."
Já em mobilidade urbana, o executivo citou PPPs como da CPTM, além dos trens intercidades em São Paulo e a concessão do metrô de Bogotá. Segundo Vianna, a companhia tem acompanhado o desenvolvimento do projeto há dois anos e colaborado com o governo local na elaboração do edital e foi uma das seis empresas habilitadas para participar da licitação. "É um projeto que faz sentido, dentro da nossa política de investimentos", disse, citando que seria um investimento da ordem de US$ 3,3 bilhões, mas a maior parte seria aportada pelo governo.
Já no setor aeroportuário, o executivo comentou que a companhia mapeia oportunidades de investimentos nas concessões já existentes e também segue interessada em novas concessões. Vianna comentou que a empresa deve participar dos estudos envolvendo a próxima rodada de concessões, de 22 aeroportos e citou a relicitação do aeroporto de Viracopos (SP) e o potencial desenvolvimento de seu projeto do Novo Aeroporto de São Paulo (NASP).
"Continuamos cada vez mais acreditando", disse citando que no final do ano passado o Plano Aeroviário Nacional 2018 indicou a necessidade de mais um aeroporto para atender a capital paulista. Ele lembrou que o aeroporto de Guarulhos enfrenta significativas dificuldades para expansão, que dependeria de grandes desapropriações, e considerou que Viracopos não seria a melhor alternativa para atender a capital paulista.