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Estamos confiantes na liderança de Rodrigo Maia, diz Guedes

O ministro da Economia falou sobre a reforma da Previdência ao lado do presidente da Câmara nesta sexta-feira

17 mai 2019 - 16h37
(atualizado às 16h59)
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RIO - Discursando ao lado do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em evento no Rio, o ministro da Economia, Paulo Guedes, se disse confiante na "liderança" do parlamentar para aprovar a reforma da Previdência no Congresso Nacional.

"Estamos muito confiantes na liderança dele lá na Câmara dos Deputados. E no apoio político que estamos recebendo", afirmou Guedes, em discurso no 91º Enic, encontro do setor da construção, promovido pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), no Rio.

Guedes disse que medo com custo de transição para capitalização é 'baseado em uma falsa premissa'.
Guedes disse que medo com custo de transição para capitalização é 'baseado em uma falsa premissa'.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil / Estadão Conteúdo

No discurso, o ministro voltou a afirmar que precisa que o impacto fiscal da reforma da Previdência a ser aprovada seja de pelo menos R$ 1 trilhão em dez anos para lançar um novo sistema previdenciário de capitalização. A proposta enviada pelo governo federal prevê impacto fiscal em torno de R$ 1,2 trilhão em dez anos.

Segundo Guedes, um sistema de capitalização na Previdência, que ele chamou de "poupança garantida" mais de uma vez, colocaria o País para crescer, ao atrair investimentos internos e externos. "Investimentos privados internos e externos estão todos segurando o fôlego (à espera da reforma da Previdência)", disse Guedes.

Em sua defesa da capitalização, Guedes disse que o "medo" com o custo de transição para o novo sistema é "baseado em uma falsa premissa", de que todos os trabalhadores migrariam.

"Não e verdade, não são todos. (A capitalização) É só para os jovens", afirmou Guedes, voltando a citar a "carteira verde-amarela", regime trabalhista mais simples e com menos encargos que já fazia parte do programa de governo de Jair Bolsonaro.

Na defesa da capitalização, o ministro chegou a chamar a atual proposta de reforma da Previdência de "primeira reforma". "Essa primeira reforma é importante, é a parede que segura o teto fiscal", disse Guedes, referindo-se à regra do limite de gastos públicos.

Guedes disse que considera normal a queda das projeções do mercado financeiro em relação ao crescimento da economia, mas que depois da reforma da Previdência isso será resolvido. "Quando a reforma passar as expectativas vão ser favoráveis", disse.

Nos últimos meses, o relatório Focus, publicado pelo Banco Central com projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) feitas pelo mercado financeiro, reduziu por 11 vezes a projeção de alta da economia. Guedes afirmou que a política é a causa dessas revisões e que, aprovada a reforma, irão subir novamente.

Energia

O ministro voltou a prometer que dentro de 30 a 60 dias será anunciado um plano para reduzir o preço da energia no País, como fez há duas semanas, medida que passa pela quebra de monopólio da Petrobrás. Ele afirmou que pretende levar também "gás mais barato para os lares brasileiros", em referência ao Gás Liquefeito de Petróleo (GLP).

"Podemos fazer a reindustrialização do Brasil com energia barata e o gás chegar ao lar do brasileiro mais barato", disse Guedes. "Em 30, 60 dias vai sair o choque da energia barata", reafirmou durante evento do setor de construção civil.

Guedes ressaltou que, enquanto a Petrobras levará 50 anos para tirar todo a riqueza que existe na região pré-sal do País, "mais empresas atuando vão levar três anos", afirmou.

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Estadão
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