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Estoque de crédito no Brasil sobe 10,9% em 2024 e supera previsão do BC

27 jan 2025 - 08h42
(atualizado às 14h13)
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O estoque total de crédito no Brasil cresceu um pouco mais do que a previsão do Banco Central em 2024, expandindo 10,9%, a 6,427 trilhões de reais, em um ano de atividade econômica robusta.

Dados do BC divulgados nesta segunda-feira mostram ainda que o estoque total avançou 1,4% em dezembro.

Em seu Relatório de Inflação de dezembro, o BC projetou uma alta de 10,6% do crédito no ano, desacelerando a 9,6% em 2025.

A taxa básica de juros Selic fechou 2024 a 12,25% depois de ter iniciado o ano a 11,75%, com o BC passando a apertar a política monetária em setembro após breve ciclo de afrouxamento que durou até maio.

Com a resiliência da atividade econômica, taxa de câmbio mais fraca e expectativas de inflação cada vez mais acima da meta de 3%, o Banco Central já sinalizou mais duas altas de 1 ponto percentual, a começar nesta quarta-feira.

A expansão do crédito no ano passado deveu-se principalmente aos empréstimos a pessoas físicas, com alta de 12,1% no estoque, enquanto o crédito a pessoas jurídicas aumentou 9,1%.

Os dados do BC mostram ainda que as concessões de empréstimos no Brasil aumentaram 10,7% em dezembro na comparação com o mês anterior e fecharam 2024 com alta de 15,4%.

No último mês do ano, as concessões de financiamentos com recursos livres, nos quais as condições dos empréstimos são livremente negociadas entre bancos e tomadores, subiram 11,1% em relação a novembro, acumulando ganho de 16,1% em 2024.

Para as operações com recursos direcionados, que atendem a parâmetros estabelecidos pelo governo, houve aumento de 8,2% em dezembro, subindo 9,3% no ano.

No mês, a inadimplência no segmento de recursos livres, ficou em 4,1%, contra 4,3% no mês anterior.

Já os juros cobrados pelas instituições financeiras no crédito livre ficaram em 40,8% em dezembro, uma queda de 0,1 ponto percentual em relação ao mês anterior. No ano, houve aumento de 0,2 ponto.

Nos recursos direcionados, houve aumento de 0,2 ponto no mês, a 10,9%, com alta de 0,8 ponto percentual em 2024.

O spread bancário, diferença entre o custo de captação dos bancos e a taxa final cobrada do cliente, caiu para 27,2 pontos percentuais nos recursos livres, contra 28,5 pontos no mês anterior.

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