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EUA e China ainda estão "muito distantes" no comércio, diz embaixador norte-americano

15 mai 2018 - 10h15
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Os Estados Unidos querem que a China forneça um cronograma sobre como abrirá seus mercados às exportações dos EUA, já que os dois países ainda estão "muito distantes" de resolver os atritos comerciais, disse o embaixador norte-americano na China, Terry Branstad, nesta terça-feira.

Washington e Pequim propuseram dezenas de bilhões de dólares em tarifas nas últimas semanas, alimentando preocupações de uma guerra comercial que poderia prejudicar as cadeias globais de fornecimento e afetar os planos de investimentos das empresas.

Neste mês, uma delegação dos EUA liderada pelo secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, apresentou à China uma lista de exigências para lidar com alegações de roubo de propriedade intelectual e outras políticas comerciais que Washington considera injustas.

Os dois países não chegaram a um acordo sobre a longa lista de demandas dos EUA e decidiram retomar as negociações em Washington.

"Ainda estamos muito distantes", disse Branstad, afirmando que a China não cumpriu as promessas de abrir sua área de seguros e serviços financeiros, além de reduzir as tarifas de automóveis.

"Há muitas áreas onde a China prometeu fazer, mas não o fez. Queremos ver um cronograma. Queremos ver essas coisas acontecerem logo", disse ele em uma conferência em Tóquio.

Branstad também disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, gostaria de ver um "aumento significativo" nas exportações de alimentos para a China.

"Gostaríamos de ver a China sendo tão aberta quanto os Estados Unidos", disse ele.

A administração Trump traçou uma linha dura nas negociações comerciais com a China, exigindo um corte de 200 bilhões de dólares no superávit comercial chinês com os Estados Unidos, tarifas mais baixas e subsídios tecnológicos avançados.

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