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EUA pressionam Reino Unido a reavaliar compra de fábrica por empresa chinesa

3 jun 2022 - 14h00
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Uma empresa de propriedade chinesa comprou uma fábrica de chips obscura no Reino Unido no ano passado. Depois que os Estados Unidos deixaram claro que se opunham à compra, o Reino Unido iniciou uma investigação que poderia desfazer o acordo.

Na semana passada, o secretário de Negócios do Reino Unido, Kwasi Kwarteng, abriu uma revisão de segurança nacional do acordo, no qual uma subsidiária holandesa de uma fabricante de chips chinesa comprou uma fábrica de semicondutores no País de Gales em julho do ano passado.

A Nexperia, subsidiária da chinesa Wingtech, disse que comprou a Newport Wafer Fab para aumentar a capacidade de produção global.

Nos bastidores, um diplomata da embaixada dos EUA em Londres disse a autoridades britânicas nas últimas semanas que a fábrica - se voltar às mãos britânicas - poderia ajudar o Reino Unido a se tornar um centro de produção de chips cruciais para veículos elétricos, segundo pessoas familiarizadas com as conversas.

O diplomata não pediu para que os britânicas revertam o acordo, disseram essas pessoas, mas deixou claro que os EUA prefeririam isso. A revisão do Reino Unido é uma das primeiras grandes investigações decorrentes de novos poderes que o Reino Unido adotou recentemente que permitem investigações de aquisições estrangeiras por motivos de segurança nacional, mesmo retroativamente.

O contato norte-americano, que não havia sido relatado anteriormente, faz parte da discreta diplomacia que está sendo realizada em meio a uma guerra fria tecnológica entre os EUA e a China.

Uma pessoa próxima ao governo americano disse que seu objetivo é ter conversas para alinhar os EUA com aliados na competição tecnológica, mas não está pedindo a outros países que tomem medidas específicas.

Um porta-voz da Nexperia disse que, desde a compra da fábrica britânica, a empresa pagou a dívida do governo local, comprometeu-se a investir cerca de US$ 100 milhões no complexo fabril e contratou 50 novos funcionários, elevando o número de trabalhadores para 500. Ele disse que a fábrica não representa um risco à segurança nacional porque produz chips para secadores de cabelo e outros aparelhos comuns.

Estadão
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