EUA: vendas no varejo crescem 0,3% em fevereiro
Número de novos pedidos de auxílio-desemprego atingiu mínima em três meses na semana passada
As vendas no varejo nos Estados Unidos mostraram recuperação em fevereiro e o número de novos pedidos de auxílio-desemprego atingiu mínima em três meses na semana passada, sugerindo alguma força na economia após o clima frio desacelerar abruptamente a atividade nos últimos meses.
O Departamento do Comércio informou nesta quinta-feira que as vendas no varejo aumentaram 0,3% no mês passado, com as receitas crescendo na maioria das categorias. O número vem após queda de 0,6% em janeiro, segundo dados revisados, e interrompe dois meses de declínio.
"Os consumidores parecem estar de volta ao jogo", disse o vice-economista-chefe do TD Securities, Millan Mulraine.
"Vemos isso como nova confirmação de que o ímpeto intrínseco da economia continua bastante favorável e esperamos aceleração dos gastos nos próximos meses", acrescentou.
Economistas consultados pela Reuters projetavam crescimento de 0,2% nas vendas no varejo em fevereiro.
O clima frio e o inverno com neve atrapalharam atividade econômica no fim de 2013 e no começo deste ano.
Auxílio-desemprego
Em relatório separado, o Departamento do Trabalho divulgou que o número de pedidos iniciais de auxílio-desemprego recuou em 9 mil, para 315 mil segundo dados ajustados sazonalmente.
Foi a menor leitura desde o fim de novembro. Economistas haviam previsto alta para 330 mil na semana que terminou em 8 de março.
A média móvel de quatro semanas para os novos pedidos, considerada medida melhor das condições do mercado de trabalho pois atenua a volatilidade semanal, recuou ao menor nível desde o início de dezembro.
"Certamente não há sinais de enfraquecimento, ampliando as evidências de que a recente desaceleração no mercado de trabalho é relacionada ao clima e temporária", disse o economista-chefe para os EUA do High Frequency Economics, Jim O'Sullivan.
Além disso, os estoques empresariais nos EUA subiram 0,4% em janeiro, em linha com as expectativas de economistas em pesquisa Reuters.