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Ex-ministra Miriam Belchior deve assumir comando da Caixa

Presidente Dilma Rousseff se reuniu com Miriam na manhã desta terça para tratar da transição na Caixa

10 fev 2015 - 15h12
(atualizado às 15h12)
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<p>Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento</p>
Miriam Belchior, ex-ministra do Planejamento
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Reuters

A ex-ministra do Planejamento Miriam Belchior vai ser nomeada nesta terça-feira como nova presidente da Caixa Econômica Federal no lugar de Jorge Hereda, afirmou uma fonte do governo a par do assunto nesta terça-feira.

A presidente Dilma Rousseff se reuniu com Miriam na manhã desta terça para tratar da transição na Caixa, informou a fonte.

Uma outra fonte afirmou à Reuters mais cedo que Hereda vai se reunir com Dilma nesta tarde.

Uma das missões da nova presidente da Caixa será preparar o banco para uma abertura de capital, ideia levantada por Dilma no fim do ano passado, mas que ela própria disse que será um "processo demorado".

A Caixa é o maior financiador habitacional do País, com cerca de 70% do mercado no País.

Era do crescimento

Hereda assumiu a presidência da Caixa em março de 2011, no lugar de Maria Fernanda Ramos Coelho, na esteira do escândalo no Banco Pan (ex-Panamericano). Dois anos antes, em meio à crise financeira global, a Caixa comprara 49% do capital do Panamericano. Fraudes bilionárias no Panamericano levaram à venda do controle para o BTG Pactual.

Durante o mandato de Hereda, a Caixa mais que triplicou sua carteira de crédito, chegando a R$ 576,4 bilhões em setembro passado, superando no período os rivais privados Santander Brasil, Bradesco e Itaú Unibanco.

Parte desse impulso veio com a agressiva campanha adotada pelos bancos públicos, no começo de 2012, atendendo ordem do governo federal para reduzir taxas de juros e aumentar a oferta de crédito para evitar uma desaceleração da economia.

Entre os efeitos dessa campanha estão a manutenção da lucratividade em níveis inferiores aos dos maiores rivais privados. A rentabilidade sobre o patrimônio líquido da Caixa foi de 17,8% no terceiro trimestre de 2014, dado mais recente disponível. Itaú e Bradesco têm índices superiores a 20%.

O índice de Basileia, uma das métricas mais usadas pela indústria para medir a solidez dos bancos, também é menor na Caixa.

A inadimplência medida pelo saldo de operações vencidas com mais de 90 dias está em ascensão, ao contrário dos concorrentes, embora em níveis semelhantes. Em setembro, seu índice era de 2,7%, perto do maior nível em cinco anos.

Operacionalmente, a Caixa é tida por executivos de bancos rivais como incapaz de cobrir suas despesas valendo-se apenas de receitas com serviços, como é a prática de mercado. E a insistência em praticar taxas de juros abaixo da concorrência para ganhar mercado teria piorado as coisas.

A Caixa foi a única grande instituição financeira do País a criar vagas líquidas de trabalho em 2014, com 2,6 mil postos. O setor como um todo eliminou cerca de 5 mil vagas no ano passado.

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