Script = https://s1.trrsf.com/update-1731945833/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Executiva do Boticário: nunca vi tanta pressão ambiental

Para a especialista, a melhor forma de o País evitar sanções econômicas é pelo comprometimento real com seus ativos ambientais

2 set 2019 - 05h11
(atualizado às 08h28)
Compartilhar
Exibir comentários

Com 30 anos de atuação, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza é uma das principais entidades privadas dedicadas à conservação da biodiversidade. A diretora executiva da fundação, Malu Nunes, tem quase o mesmo tempo de atuação no setor e diz que nunca viu o Brasil sofrer "tamanha pressão" para cuidar de seus ativos ambientais.

Para a especialista, a melhor forma de o País evitar sanções econômicas é pelo comprometimento real com o tema. "Às vezes a gente aprende pela dor: que essa crise e essa pressão toda nos faça refletir e tomar atitudes mais positivas em relação à biodiversidade." Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista:

Como o trabalho da fundação tem uma relação com os negócios do grupo?

O modelo combina atuação externa com um trabalho interno, embora a governança seja separada. Fazemos o trabalho de ecoeficiência dentro da empresa. Todo o desenvolvimento de produto também olha a questão da biodiversidade, da água, do clima e dos impactos. A fundação se dedica às questões ambientais nacionais e globais.

Ou seja: negócio e fundação, com seu trabalho de preservação, estão de certa forma interligados.

Noto uma desconexão entre a dependência da conservação da biodiversidade e a responsabilidade que nós temos em conservar. O capital natural e os ecossistemas íntegros podem proporcionar uma economia forte para o País. Não temos, como sociedade, explorado bem essa relação. A gente vê conservação e desenvolvimento econômico como concorrentes. Enquanto for assim, teremos problemas e fragilidades, como as de agora.

O que a crise atual pode nos ensinar?

Precisamos nos posicionar (como País): vamos cumprir cláusulas do acordo Mercosul e União Europeia? Vamos cumprir o que o próprio presidente (Jair Bolsonaro) falou no pronunciamento, que a biodiversidade é importante? Às vezes a gente aprende pela dor: que essa crise nos faça refletir e tomar atitudes mais positivas. E com visão de longo prazo e estratégia de inserir a biodiversidade como elemento do PIB.

Mudou a posição do setor ambiental em relação ao País?

Estou há quase 30 anos (no setor) e eu não vi (pressão igual sobre o Brasil). Éramos cobrados para liderar, mas não no sentido negativo. Não é só esse acordo (UE-Mercosul) que está em jogo, é a reputação do País. Estamos sendo cobrados porque não cuidamos do nosso patrimônio.

Veja também

O 'morcego-robô' criado para explorar lugares pequenos e perigosos:
Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade