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Expansão da indústria brasileira desacelera em fevereiro

28 fev 2014 - 10h54
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Um ritmo mais fraco de expansão do volume de novos pedidos provocou desaceleração no crescimento da atividade industrial brasileira em fevereiro, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) divulgado nesta sexta-feira. O PMI industrial atingiu 50,4 em fevereiro ante 50,8 em janeiro, divulgou o Markit. Apesar do recuo, o índice manteve-se pelo terceiro mês seguido acima da marca de 50 que separa crescimento de contração.

"Com leituras tão próximas da marca de 50, o PMI reforça percepções de que a atividade econômica está estagnada", avaliou o economista-chefe do HSBC André Loes. O volume de produção aumentou apenas entre as empresas de bens intermediários, tendo recuado no subsetor de bens de consumo e ficado estagnada junto aos produtores de mercadorias.

O destaque ficou para a desaceleração no ritmo de expansão do volume de novos pedidos em fevereiro em relação ao pico de 11 meses visto no mês anterior, com os entrevistados citando condições econômicas difíceis e pressões competitivas. Os novos pedidos para exportação registraram queda nos subsetores de bens intermediários e de investimento, enquanto os produtores de mercadorias indicaram ausência de mudança, em meio a evidências de pressões competitivas e de poder limitado de fixação de preços.

Inflação

Outro ponto desfavorável em fevereiro foi a inflação dos preços de fábrica, que atingiu o nível mais alto em três meses. Segundo os entrevistados, isso decorreu de preços mais elevados de insumos, que chegaram a um recorde de alta de quatro meses, refletindo a taxa de câmbio desfavorável que encareceu as matérias primas importadas. Foram os produtores de bens intermediários que relataram o aumento mais acentuado nos preços dos insumos.

"O PMI também sugere notícia ruim no fronte da inflação", destacou Loes. Por outro lado, a indústria interrompeu em fevereiro dez meses de cortes de empregos com aumento das vagas, ainda que de maneira apenas fracionária e concentrada no setor de bens de consumo, de acordo com o Markit. Depois de apresentar desempenho errático ao longo de todo o ano de 2013, a indústria encolheu 0,2% no quarto trimestre do ano passado sobre os três meses anteriores, segundo os números do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro divulgados na quinta-feira.

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