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Exportadores de grãos da Argentina se opõem a restrições chinesas por coronavírus

21 jul 2020 - 17h18
(atualizado às 17h39)
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A câmara de exportadores de grãos da Argentina disse a importadores da China que a solicitação para que o país sul-americano declare que sua mercadoria não está contaminada pelo coronavírus é "inapropriada", segundo uma carta vista pela Reuters nesta terça-feira.

Terminal de exportação de grãos no porto de Rosario, Argentina 
31/01/2017
REUTERS/Marcos Brindicci
Terminal de exportação de grãos no porto de Rosario, Argentina 31/01/2017 REUTERS/Marcos Brindicci
Foto: Reuters

Uma fonte da câmara CIARA-CEC confirmou que uma carta foi enviada no final de junho aos importadores chineses, acrescentando que a entidade dialogou com seus pares no Brasil, Estados Unidos e Canadá, que também rejeitam o pedido por uma declaração garantindo que os embarques não têm Covid-19.

Duas outras fontes, que atuam em empresas agroexportadoras da Argentina, confirmaram à Reuters as conversas entre as associações dos quatro países, que concentram praticamente toda a exportação global de soja e grande parte dos embarques de milho.

A China é a maior importadora mundial da oleaginosa. No entanto, Pequim tem restringido importações de alimentos por preocupações com a Covid-19, que atualmente tem no continente americano seus principais focos de contágio.

O pedido dos importadores "é ridículo para uma mercadoria a granel que será processada e que fica mais de 15 dias viajando em navios", disse a fonte de uma das empresas, que pediu para não ser identificada.

A carta da CIARA-CEC afirma que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que "é muito improvável que pessoas possam contrair Covid-19 de alimentos", destacando protocolos de saúde rigorosos realizados pelo setor.

O presidente do conselho do Conselho de Grãos do Canadá, Cam Dahl, disse à Reuters que a entidade está dialogando com outras instituições similares do mundo em busca de uma resposta comum à China. "Esse é mais um potencial motivo arbitrário para limitar o comércio", afirmou.

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