Fábricas da zona do euro tiveram um dezembro pouco festivo, mostra PMI
A indústria da zona do euro encerrou o ano passado em um tom amargo, com a atividade das fábricas desacelerando mais rapidamente, de acordo com uma pesquisa que ofereceu sinais escassos de uma recuperação iminente.
A desaceleração foi novamente generalizada, com as três maiores economias do bloco -- Alemanha, França e Itália -- presas em uma recessão industrial. A Espanha se destacou com a expansão robusta do setor.
O Índice Gerentes de Compras (PMI) final do setor industrial da zona do euro do HCOB, compilado pela S&P Global, caiu para 45,1 em dezembro, um pouco abaixo de uma estimativa preliminar e ainda mais abaixo da marca de 50 que separa o crescimento da contração.
Em novembro, esse índice foi de 45,2. A leitura do índice principal tem estado abaixo de 50 desde meados de 2022.
Um índice que mede a produção, que alimenta um PMI composto a ser divulgado na segunda-feira e que é visto como um bom indicador da saúde econômica, caiu de 45,1 em novembro para 44,3.
"Mesmo em dezembro, o setor industrial não está dando nenhum sinal de alegria. É a mesma história de sempre, de queda. Os novos pedidos caíram ainda mais do que nos dois meses anteriores, acabando com qualquer esperança de uma recuperação rápida", disse Cyrus de la Rubia, economista-chefe do Hamburg Commercial Bank.
"Essa opinião é apoiada pelo declínio acelerado nas carteiras de pedidos."
Um índice que mede o volume de novos pedidos caiu ainda mais abaixo do ponto de equilíbrio, atingindo o menor resultado em três meses, enquanto a medida de pedidos em atraso caiu de 42,9 para 42,0, indicando que a atividade geral foi reduzida para atender à demanda antiga.
Isso ocorreu apesar de as fábricas terem cortado os preços cobrados pelo quarto mês e, embora o otimismo em relação a este ano tenha melhorado, os fabricantes reduziram novamente o número de funcionários.