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Fazer compras de supermercado online cresce 12% no ano

Cerveja, leite em pó e óleo de soja são itens de maior destaque.

20 abr 2022 - 02h00
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Foto: Adobe Stock

O consumidor não abrirá mão da conveniência das compras online de supermercado tão cedo, mesmo com o retorno aos comércios físicos ganhando força nesse início de 2022 por conta do avanço da vacinação e da diminuição das restrições. 

De acordo com um levantamento feito pela Linx, especialista em tecnologia para o varejo, a partir de informações da vertical Mercadapp, plataforma de vendas online especializada em e-commerce para supermercados, o primeiro trimestre de 2022 registrou um aumento de 12% no número de pedidos e um salto de 8% na receita total das vendas, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O ticket médio, no entanto, enfrentou uma queda de 4,72% nos três primeiros meses do ano, somando R$ 207,66, também frente ao primeiro trimestre de 2021, que apresentou R$ 217,95. Esse resultado pode ser justificado pelo atual cenário econômico no Brasil: segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), a inflação no acumulado de 12 meses, até março, foi de 11,3%, maior alta desde outubro de 2003. 

Além disso, de acordo com um estudo feito mensalmente pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), somente a inflação de produtos de cesta básica avançou 21,4% no último ano. 

“Mesmo com a queda no ticket médio, ainda enxergamos os resultados como estáveis diante dos fatores externos, pois temos saldos positivos não só na receita, mas também na quantidade pedidos feitos na plataforma”, explica Gabriel Gurgueira, diretor da Mercadapp na Linx.

O levantamento da Mercadapp também revelou o top 3 da categoria de produtos com mais pedidos na plataforma. Em primeiro lugar está a cerveja do tipo long neck, com 107.061 pedidos, seguida pelos pedidos de óleo de soja (26.864) e de leite em pó (12.082). 

“Considerando a situação que o consumidor está lidando, ainda é possível ver o impacto que a digitalização tem no comportamento de consumo da população. Já ficou claro que a ação de comprar online de supermercados, algo que não era tão comum antes da pandemia, se tornou parte do dia a dia do brasileiro”, afirma Gurgueira.

Volume de vendas na região Nordeste soma 80%

O levantamento da Linx também mostrou que o Nordeste representou o montante de 80% da receita total gerada no primeiro trimestre de 2022, confirmando a força da região. Em segundo lugar vem o Sudeste, com 12% de participação na receita, seguido do Sul, com 3%. Esses números foram recolhidos a partir da base de clientes da Mercadapp, que possui maior atuação no Nordeste.

“Esse é o segundo ano consecutivo de destaque do Nordeste em relação à receita, confirmando o protagonismo dos clientes da Mercadapp da região nesse sentido. Todo o levantamento nos apresentou que, mesmo com a situação bem diferente do lockdown que ainda era enfrentado no primeiro tri de 2021, o e-commerce conseguiu se manter estável diante dos desafios, mesmo com a previsão de queda das vendas on-line por conta do reaquecimento do físico. É sinal de que o comportamento do consumidor anterior à pandemia já foi alterado de maneira permanente, e as opções digitais permanecerão relevantes”, finaliza o executivo da Linx.

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