Febraban: medidas federais terão efeito positivo no crédito
Anúncios do governo foram bem recebidos pela Federação Brasileira de Bancos
As medidas anunciadas nesta quarta-feira pelo governo federal para estimular o crédito devem produzir efeitos positivos de curto, médio e longo prazos, disse o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Murilo Portugal.
"(As medidas) representam uma importante modernização do marco regulatório brasileiro", afirmou Portugal em nota, ressaltando o aumento das garantias nas concessões de crédito e maiores facilidades na recuperação das garantias, além da redução de custos e da burocracia, especialmente no crédito imobiliário.
Para o presidente da Febraban, a qualidade das garantias e a tempestividade da sua recuperação têm relação direta com a disposição dos bancos de oferecer crédito e com a taxa de juros destas operações. À tarde o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um pacote de medidas de estímulo ao crédito, incluindo a possibilidade de que imóveis quitados sejam usados como garantia de operações de crédito.
Além disso, os bancos poderão usar até 3% da captação em poupança para estas operações, o que pode gerar cerca de R$ 16 bilhões em novas operações. A implementação será por meio de resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN).
O governo também anunciou a dispensa de cobrança judicial para operações de crédito sem garantia com limite de até R$ 100 mil. No caso das operações com garantia, o valor é de R$ 50 mil. Mais cedo, o Banco Central anunciou medidas para estimular o mercado de crédito, incluindo elevação da parcela do recolhimento compulsório a prazo que pode ser cumprida com operações de crédito.