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Fed faz dólar cair mais de 1% e ir abaixo de R$ 2,25

18 jun 2014 - 19h13
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O dólar fechou em queda de mais de 1% nesta quarta-feira, anulando todo o avanço desta semana e voltando abaixo de R$ 2,25, após o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, revisar para baixo a previsão de crescimento deste ano.

A divisa dos EUA recuou 1,2%, a R$ 2,2300 na venda, após chegar a R$ 2,2286 na mínima do dia. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,6 bilhão.

A decisão do Fed aliviou temores de que poderia ser adotado um tom menos expansionista diante do resultado acima do esperado dos preços ao consumidor americano, que levou a moeda americana a avançar fortemente na véspera ante o real. 

"O comunicado do Fed não foi tão explosivo e trouxe algum alívio. O dólar corrigiu o movimento de ontem, que foi exacerbado porque os negócios estavam um pouco travados", afirmou o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, referindo-se à duração reduzida do pregão da véspera em função do jogo da seleção brasileira contra o México pela Copa do Mundo.

O banco central americano reduziu a projeção de crescimento econômico para este ano, mas expressou confiança de que a recuperação está em grande parte em andamento, o que permitirá que comece a elevar as taxas de juros em 2015. Juros mais altos nos EUA tenderiam a atrair recursos atualmente aplicados em países como o Brasil. 

Apesar da revisão, a chair do Fed, Janet Yellen, adotou um tom otimista na coletiva de imprensa que se seguiu à divulgação do comunicado. "A atividade econômica está se recuperando no atual trimestre e vai continuar a se expandir a um ritmo moderado", afirmou. "A economia vai continuar a progredir na direção de nossos objetivos" de pleno emprego e inflação de 2%.

As notícias levaram o dólar a perder terreno em relação a outras moedas importantes. Contra o peso mexicano, por exemplo, também caiu mais de 1%, além de recuar sobre divisas como o euro , o franco suíço e o iene.

No Brasil, a moeda americana voltou abaixo do nível de R$ 2,25, que havia superado na sessão anterior. Boa parte do mercado acredita que o Banco Central brasileiro não deseja que a moeda americana se sustente acima desse patamar, com medo de impactos sobre a inflação via encarecimento de importados.

Nesta sessão, o BC deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, com volume equivalente a US$ 198,3 milhões. Foram 2,7 mil contratos para 2 de fevereiro e 1,3 mil para 1º de junho de 2015.

Em seguida, vendeu a oferta total de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em julho. Ao todo, já rolou cerca de 57% do lote total, que corresponde a US$ 10,060 bilhões.

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