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Fed não muda taxa de juros e mantém caminho para alta em setembro

1 ago 2018 - 15h19
(atualizado às 17h01)
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O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, manteve a taxa de juros no intervalo entre 1,75 e 2 por cento nesta quarta-feira, mas caracterizou a economia como forte, mantendo o Fed no caminho para aumentar os custos dos empréstimos em setembro.

Chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em Washington, Estados Unidos
18/07/2018 REUTERS/Mary F. Calvert
Chair do Federal Reserve, Jerome Powell, em Washington, Estados Unidos 18/07/2018 REUTERS/Mary F. Calvert
Foto: Reuters

O Fed informou que a economia dos EUA tem crescido fortemente e que o mercado de trabalho norte-americano continua se fortalecendo, enquanto a inflação permaneceu perto da meta de 2 por cento desde sua última reunião de junho, quando elevou os juros.

"Os ganhos com emprego foram fortes, em média, nos últimos meses, e a taxa de desemprego permaneceu baixa. Os gastos das famílias e os investimentos fixos nos negócios cresceram fortemente", informou o Fed via declaração unânime após a conclusão de sua mais recente reunião de política monetária.

O Fed atualmente espera mais dois aumentos de juros até o final do ano. Os investidores haviam descartado a possibilidade de mudança na reunião desta semana, com expectativa de aumento das taxas no próximo mês e em dezembro.

O chair do Fed, Jerome Powell, disse recentemente que a economia está em um "lugar realmente bom" e prometeu continuar com aumentos graduais nos custos dos empréstimos, a fim de manter expansão econômica dos EUA.

A economia cresceu ao ritmo de 4,1 por cento no segundo trimestre, o melhor desempenho em quase quatro anos, com consumidores impulsionando os gastos e agricultores apressando os embarques de soja para a China para se anteciparem às tarifas retaliatórias.

A inflação também está se recuperando após seis anos sem cumprir a meta do Fed. A medida preferencial de inflação do banco central --o índice de preços ao consumidor (PCE, na sigla em inglês) excluindo alimentos e componentes de energia-- subiu ao ritmo de 2 por cento no segundo trimestre.

Os custos trabalhistas dos EUA, vistos como um dos melhores indicadores de quanta folga é deixada no mercado, também registraram o maior ganho anual desde 2008 no segundo trimestre.

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