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FGTS e PIS/Pasep terão efeito no PIB de 0,35 ponto porcentual em 12 meses

Além do saque imediato de R$ 500 por conta ativa e inativa, o governo lançou a possibilidade dos trabalhadores retirarem anualmente um porcentual dos recursos do fundo

24 jul 2019 - 17h21
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BRASÍLIA - O governo confirmou nesta quarta-feira, 24, que o programa "Saque Certo" para a retirada anual de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e a liberação de recursos do PIS/Pasep deve injetar R$ 30 bilhões na economia este ano. Pelas contas da equipe econômica, a medida deve garantir um crescimento adicional de 0,35 ponto porcentual no PIB em 12 meses.

Conforme adiantou o Estadão/Broadcast, além do saque imediato de R$ 500 por conta ativa e inativa, o governo lançou a possibilidade dos trabalhadores retirarem anualmente um porcentual dos recursos do fundo, batizada como "Saque Aniversário".

Trabalhador pode consultar saldo do FGTS em aplicativo da Caixa.
Trabalhador pode consultar saldo do FGTS em aplicativo da Caixa.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Estadão

Lucro repartido

Também como adiantado pelo Estadão/Broadcast, 100% do lucro do FTGS passarão a ser repartidos com os trabalhadores cotistas, em vez dos atuais 50%. Também foi anunciada uma nova liberação para saques do fundo PIS/Pasep.

"As medidas devem representar um aumento na produtividade da economia, reduzindo a má alocação e ampliando o acesso do trabalhador a recursos do FGTS e do PIS/Pasep", avaliou a pasta.

Ainda pelas contas do ministério, as mudanças podem criar 3 milhões de empregos formais em dez anos e elevar o PIB per capita em 2,5 ponto porcentual no período.

Dos R$ 30 bilhões previstos para este ano, R$ 28 bilhões se referem a recursos do FGTS e R$ 2 bilhões do PIS/Pasep. Para 2020, a estimativa é que outros R$ 12 bilhões do FGTS sejam sacados, totalizando os R$ 42 bilhões que já haviam sido comentados pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

"As novas medidas foram elaboradas de forma a não ampliar os custos aos empregadores e garantir o financiamento da habitação popular e da saúde com recursos do FGTS", garantiu o ministério.

A pasta informou ainda que 96 milhões de trabalhadores deverão ser beneficiados, um número quatro vezes maior do que o obtido com a liberação de saques de contas inativas realizada há dois anos pelo governo Michel Temer. Atualmente, 80% das 260 milhões de contas do FGTS têm saldo de até R$ 500.

Estadão
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