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FGTS: governo estuda novas formas de uso do fundo na compra de imóveis, diz ministro

Segundo Jader Filho, uma das ideias seria elevar os subsídios na entrada, reduzir a taxa de juros e ampliar prazo dos financiamentos

11 abr 2023 - 11h00
(atualizado às 11h13)
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O ministro das Cidades, Jader Filho (à dir.)
O ministro das Cidades, Jader Filho (à dir.)
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O ministro das Cidades, Jader Filho, afirmou nesta terça-feira, 11, que o governo federal busca mais modelos para o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para o financiamento do setor de construção. Ele citou a intenção de melhorar condições de compra nas linhas que utilizam essa fonte de financiamento.

Uma das ideias seria aumentar os subsídios na entrada, reduzir a taxa de juros e ampliar o prazo dos financiamentos para que "pessoas mais necessitadas" não tenham de dar entrada. "A maioria dessas pessoas não acessa o mercado porque não conseguem dar entrada", disse ele no Summit 2023 da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), realizado em São Paulo.

Segundo Jader Filho, a extensão do número de parcelas com subsídio nos juros ampliaria o público potencial dos financiamentos. "Vocês (empresários) sabem como o Minha Casa Minha Vida pode sair do papel e voltar aos melhores momentos", ressaltou.

O ministro disse ainda que o governo buscará a colaboração com programas habitacionais de governos estaduais e municipais, como o Casa Paulista e o Pode Entrar, tocados pelo Estado e pela cidade de São Paulo, por exemplo. "O recado que trago do presidente Lula é de buscar o diálogo", comentou. "Estamos trabalhando para conjugar esforços dos programas Pode Entrar, Casa Paulista e MCMV."

Novas contratações

Segundo Jader Filho, o governo deve publicar nos próximos dias as especificações para a contratação de novas unidades habitacionais na Faixa 1 do Minha Casa Minha Vida. O retorno do programa com a faixa destinada a famílias de menor renda é uma das bandeiras do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), iniciado em janeiro.

"Nos últimos quatro anos, não foi contratada uma única casa na faixa 1?, afirmou ele sobre o segmento, que atende a famílias com renda mensal de até R$ 2.600. "Deixar de atender as pessoas que mais precisam é crime, é uma falta de sensibilidade gravíssima", completou, citando o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que, na prática, extinguiu a faixa 1 e renomeou o programa como Casa Verde e Amarela.

Jader Filho afirmou ainda que o MCMV tinha 186 mil unidades contratadas e que, destas, o governo se deparou com 83 mil com as obras paralisadas. "Já retomamos obras em 11 mil nesses primeiros 100 dias de governo. Entregamos mais de 6 mil unidades", disse. O ministro reiterou que o objetivo do governo é entregar 2 milhões de unidades através do programa nos próximos quatro anos.

Estadão
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