Fies terá financiamento mínimo de 50% do valor do curso
De acordo com o ministro da Educação, Rossieli Silva, aumento ocorreu porque havia demanda por cursos mais caros, como medicina
O governo aumentou o teto e determinou o financiamento mínimo de 50% do curso para as contratações de empréstimos com o Fundo de Financiamento Estudantil (FIES) no segundo semestre. O limite financiável aumentou de R$ 30 mil para R$ 42.983. As mudanças valerão para a modalidade 1 do Novo Fies, em que são ofertadas vagas com juro zero para estudantes de famílias com renda mensal de até três salários mínimos.
O limite de R$ 42.983 foi o mesmo definido para as contratações até dezembro de 2017. O valor havia sido reduzido com a reformulação do programa, válida para este ano, mas, de acordo com o ministro da Educação, Rossieli Silva, foi aumentado agora porque havia demandas por cursos mais caros, como medicina. "Tínhamos medo de que o limite inicial pudesse comprometer a sustentabilidade, mas entendemos que não e, por isso, subimos o valor agora", afirmou. "Não dá para termos no Brasil irresponsabilidade criando rombos. Ele é um programa importante que precisa ser sustentável".
Segundo o ministro, o mínimo de financiamento de 50% foi definido porque, em alguns casos, estudantes estavam conseguindo percentuais muito baixos no financiamento. Para evitar problemas identificados no passado, como a cobrança de valores mais altos para estudantes do Fies, foi definido no início do ano que as faculdades teriam que cobrar desse estudante valor igual ao menor cobrado na turma em que ele estudar. "Essa regra funcionou e permitiu a criação do limite mínimo de 50%", afirmou o ministro.
Das 100 mil vagas disponíveis na modalidade 1 do Fies em 2018, foram contratadas 36.866 e há em contratação 16.351. Com isso, cerca de R$ 9 bilhões dos R$ 19 bilhões disponíveis neste ano foram comprometidos. O processo vai até o dia 25 de junho e, em julho, será aberta a contratação para o segundo semestre.
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