FII do BB e Iguatemi acertam compra parcial do Shopping Rio-Sul; IFIX tem alta
O FII BB Premium Malls (BBIG11) e o grupo Iguatemi (IGTI11) assinaram um compromisso de aquisição parcial do Shopping Rio Sul, por meio da compra de 100% da BRASC RS Shopping Center, empresa que detém a propriedade de 54% do empreendimento.
Tanto o fundo, que tem gestão da BB Asset, quanto a Iguatemi farão a compra por meio da subscrição e integralização de Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs), que serão emitidos por uma sociedade da pertencente à Combrashop, cujos recursos serão destinados pela empresa à aquisição das ações da BRASC.
O investimento do BBIG11 na operação será de aproximadamente R$ 790 milhões, enquanto a Iguatemi deve desembolsar cerca de R$ 360 milhões. Nos dois casos, 70% do valor será pago à vista e o restante em duas parcelas iguais anuais, corrigidas pelo CDI, com um cap rate de entrada de 7,7% sobre o resultado operacional (NOI) estimado de 2024.
Após a conclusão da operação e o cumprimento de determinadas etapas previstas no compromisso assinado nesta semana, a propriedade do Rio Sul será dividida da seguinte forma:
- Combrashop - 50,1%;
- Fundo Imobiliário BBIG11 - 33,3%;
- Iguatemi - 16,6%.
FII BBIG11: saiba mais sobre o fundo
Lançado em abril deste ano, com captação inicial de R$ 991 milhões, o FII BBIG11 apresentou em seu último relatório gerencial um patrimônio líquido de R$ 961 milhões, o equivalente a R$ 9,70 por cota, alocado em CRIs (71,90%), com taxa média equivalente a 105,8% do CDI, e em operações compromissadas;
No documento, a gestão informava negociações, em parceria com a Iguatemi, para a aquisição de pelo menos três ativos-alvo. Desde a listagem e o início das negociações na B3, em 3 de maio, o FII BBIG11 fez duas distribuições de dividendos, no valor de R$ 0,08 por cota. No pregão desta quinta, o fundo terminou negociado a R$ 9,42 por cota.
Mais sobre o negócio e o shopping Rio Sul
O mercado vinha acompanhando com atenção as negociações envolvendo o Rio Sul. Em maio, um consórcio do qual faziam parte a Allos (ALOS3), outra das principais administradoras de shopping do país, e os FIIs XPML11 e VISC11, chegou a anunciar um acordo para a aquisição de 21% do shopping, mas o negócio acabou suspenso pouco mais de um mês depois.
Após a aquisição, a Iguatemi será contratada também para fazer a administração do shopping, o que deve ampliar seu cap rate para cerca de 11%, segundo projeção da empresa.
Um dos shoppings mais antigos do país, inaugurado em 1980, localizado no bairro de Botafogo, na zona sul carioca, o Rio Sul fica próximo a atrações turísticas como o Pão de Açúcar e praias de renome internacional, como Copacabana, Ipanema e Leblon
Com 52 mil metros quadrados de área bruta locável (ABL), o empreendimento é considerado atraente justamente por seu entorno, em que 81% dos domicílios são enquadrados nas classes A e B, com renda média duas vezes maior que a cidade do Rio.
IFIX volta a subir
O FII XPPR11, fundo de lajes corporativas que está com forte alavancagem e negocia a venda de parte de seu portfólio, ficou entre as maiores valorizações no pregão de fundos imobiliários desta quinta-feira (11), dia em que o IFIX voltou a subir.
O IFIX fechou em 3.350,64 pontos, alta de 0,05% em relação à véspera, num dia de forte oscilação, mas sempre em patamar positivo. O índice atingiu a máxima de 3.357,26 pontos pouco antes das 11h e depois recuou, mas sempre acima do resultado da véspera.
No acumulado da semana, o índice de FIIs mantém alta de 0,27%. No mês de julho, o resultado é positivo em 0,10%, e, no ano, de 1,18%.
Entre as principais altas no pregão de hoje aparecem:
Na outra ponta, entre as principais quedas, ficaram:
Em volume de cotas vendidas ao longo do pregão, os mais negociados foram
- CPTS11 - 1.424.008
- MXRF11 - 729.012
- RBRF11 - 463.636
- KNSC11 - 377.200
- VGHF11 - 350.007
O IFIX é o principal índice do mercado de FIIs. Na atual carteira teórica, apresentada em maio e com validade até o fim de agosto, figuram 112 fundos imobiliários, escolhidos pela B3 a partir de indicadores como valor patrimonial e liquidez das cotas do FII, além de outros fatores.