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Ainda dá para realizar o sonho da viagem internacional em 2024?

Especialistas em finanças pessoais dão dicas de como se organizar para viajar para o exterior, mesmo com o dólar em alta

13 out 2024 - 05h00
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Foto: Kosamtu/GettyImages

Com o dólar tendo valorizado cerca de 7,5% nos últimos 12 meses, o sonho de uma viagem para o exterior pode parecer um pouco mais distante. Mas isso não quer dizer inalcançável, ao menos de acordo com especialistas em finanças pessoais.

Para a planejadora Cristina Horst, por exemplo, a oscilação da moeda não deve ser vista como um impeditivo para sair do Brasil.

"Eu sou uma planejadora meio fora da caixa. Acho que sempre vale a pena você planejar o seu sonho e que não é a moeda que vai dizer 'não planeje agora'. A moeda pode fazer com que você precise estender o tempo para realizar a viagem, mas se você tiver planejado, você vai realizar", afirma.

Planejador financeiro CFP pela Planejar, Fábio Cabral reforça a ideia. Para ele, não existe "antecedência ideal" para organizar uma viagem. No entanto, quanto mais discrepante for o poder de compra para a moeda do país estrangeiro, mais planejamento é preciso para essa viagem.

Ele cita como exemplos países não dolarizados, como Paraguai, Argentina e Chile, onde não há muitas surpresas no câmbio, independentemente do tempo que se planeje essa viagem. Há, no entanto, menos chances de garantir um bom valor de passagem aérea.

Para aproveitar as férias escolares de 2024 e início de 2025, Cristina Horst reconhece que está um pouco em cima organizar uma ida ao exterior, se a pessoa não tiver uma boa reserva destinada a viagens. Mas aqueles que costumam ter um valor substancial já separado para o turismo, em um mês é possível fazer tudo acontecer.

"Agora, se você precisa ter um pouco mais de esforço mensal para conseguir o valor para destinar a essa viagem, então pode ser que você precise fazer alguns outros sacrifícios em nome deste objetivo", considera.

‘Não é normal o que está acontecendo’, diz Lula sobre disparada do dólar:

Existe um momento ideal para comprar dólar?

Em primeiro lugar, a planejadora alerta que não existe "momento ideal" para comprar uma moeda estrangeira. Com as oscilações diárias, as chances de pagar um preço bom ou ruim pelo dólar ou euro, por exemplo, dependem basicamente da sorte.

"Se a gente for ficar esperando o melhor momento para comprar, para ir lá e trocar tudo de uma vez, a gente está tentando contar com a sorte ou usar uma bola de cristal que simplesmente está fadada ao fracasso. Pode dar muito certo se você der uma sorte muito grande, como pode também dar muito errado. E a chance de dar muito errado é muito maior", diz.

A estratégia, então, é se planejar para comprar a moeda periodicamente. Assim, o viajante pode pegar cotações boas e ruins, mas no final irá desembolsar a média por aquilo.

"Se você trocar todos os meses, uma vez por mês, com esse planejamento você consegue obter um preço médio de dólar", explica Cristina.

Para quem está planejando uma viagem já para o final deste ano, há menos tempo para fazer essas compras espaçadas. A tentativa de diluir em uma vez por semana também pode ser uma boa estratégia.

Quanto de moeda levar para o país estrangeiro?

Os planejadores explicam que é sempre importante ter dinheiro vivo quando se está viajando para outro país. Isso porque, no Brasil, estamos acostumados à comodidade do Pix, que não funciona no exterior.

Para Fábio Cabral, o viajante precisa considerar uma quantia que seja suficiente para lidar com imprevistos. Por outro lado, ele recomenda que a maior parte do dinheiro esteja em instituições financeiras.

"Está ganhando cada vez mais espaço as contas internacionais entre bancos digitais ou até mesmo os grandes bancos. O que antes era disponível apenas para grandes fortunas, está popularizando muito rápido no Brasil", afirma.

Tanto Cristina quanto Fábio alertam para os riscos de usar o crédito em operações internacionais. Compras nessa modalidade estão sujeitas a uma maior alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). A dica é que o turista tente pagar à vista o que consumir no exterior.

O planejador financeiro diz que, para desafogar as contas, uma opção é parcelar as compras realizadas aqui no Brasil, como passagem aérea e hospedagem.

Assim como Cristina, Fábio acredita que quem quer ir para fora não precisa esperar a moeda baixar. "Não espere uma redução drástica do dólar frente ao real, pois quem sabe isso não acontecerá e seu sonho ou desejo de conhecer um novo país pode ficar apenas no papel", diz.

Fonte: Redação Terra
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