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Como economizar até R$ 200 em vinho trazido da Argentina

Veja dicas para que turistas brasileiros consigam trazer na mala vinhos com economia de até 85% em relação aos preços no Brasil

15 ago 2022 - 14h34
(atualizado às 16h42)
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Com a crise econômica na Argentina e a desvalorização do peso, brasileiros "fazem a festa" no país, devido ao aumento do poder de compra do real - e um dos produtos em destaque é o vinho, que pode sair até R$ 200 mais barato do que no Brasil quando é trazido da Argentina pelos turistas.

Foto: istock

A reportagem comparou os preços de vinhos na Argentina (para pagamento em dinheiro vivo) e no Brasil, considerando a cotação do real no último dia 10. O Rutini Cabernet-Malbec 2019, por exemplo, foi encontrado na Argentina cerca de R$ 200 mais barato que no Brasil, uma diferença de 85,2%.

Em Buenos Aires, comerciantes já apontam que os brasileiros são a maioria de seus clientes. Para conseguir os melhores descontos em vinhos na Argentina, é possível seguir algumas recomendações. Veja a seguir dicas sobre como comprar vinhos por menores preços no país.

Atenção ao câmbio

Na Argentina, há pelo menos 13 tipos de conversão da moeda: além do dólar comercial, paralelo e turismo, como no Brasil, a Argentina tem os câmbios "vinho", "trigo" e "Bolsa", entre muitos outros. Mesmo com o real ganhando valor em relação à moeda argentina, brasileiros precisam ficar atentos para pagar uma cotação mais vantajosa.

"Pelo câmbio oficial, em 2019, R$ 1 equivalia a 7,50 pesos; agora, são 24 pesos para cada R$ 1?, diz o economista-chefe da Fundación Libertad y Progreso, Eugenio Mari. No entanto, o câmbio oficial ainda é bem menos vantajoso do que o obtido na rua, hoje já acima de 55 pesos por R$ 1 (veja aqui outras dicas para não perder dinheiro ao trocar pesos).

Pague em dinheiro

Também por conta das cotações, usar o cartão de crédito na Argentina também deve ser evitado ao máximo: por se tratar de um meio oficial, o câmbio é feito pelo dólar oficial (um prejuízo de pelo menos 50% em relação ao paralelo). Compras no cartão também estão sujeitas à cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) de 6,38%.

Cartão de crédito não é boa opção para turista brasileiro na Argentina; pagar compras em dinheiro vivo tem mais vantagens. Foto: Werther Santana/Estadão

Além disso, muitos estabelecimentos comerciais sequer aceitam cartão de crédito, preferindo o dinheiro vivo e aceitando dólares e até mesmo reais, já que os locais estão sempre em busca de moedas mais fortes. Também é possível encontrar descontos para compras realizadas em dinheiro vivo no país.

Explore os supermercados de bairro

Em Buenos Aires, ainda é possível buscar vinhos baratos em supermercados de bairro, já que é comum que eles possuam setores de vinho, ainda que não haja uma variedade de rótulos tão grande. A reportagem encontrou um DV Catena Malbec 2019, por exemplo, por 1.800 pesos em um supermercado no bairro de Retiro - R$ 33 na conversão do fim de junho. Para quem busca vinhos bem baratos é possível encontrar garrafas por menos de R$ 20, como é o caso do San Valentín.

No free shop, o dinheiro dobra

Gastar pesos na última hora pode ser uma boa pedida: no free shop, a moeda local é aceita pelo câmbio oficial, mesmo que ela tenha sido comprada a uma cotação muito mais vantajosa pelo turista, no câmbio paralelo.

Ali, vinhos como o Rutini Cabernet Malbec 2020 custam o equivalente a R$ 50. O El Enemigo sai por R$ 90 e o Angelica Zapata, por R$ 100.

Estadão
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