Open Finance: 5 mitos que precisam sumir de vez
O Open Finance está revolucionando o sistema financeiro brasileiro. A implementação desse sistema já é realidade em muitos países, mas para muitos brasileiros a novidade gera diversos questionamentos e até afirmações, que na maior parte do tempo não passam de mitos.
Bruno Loiola, cofundador da Pluggy, fintech especialista na captura e enriquecimento de dados financeiros do Open Finance, desmistificou as cinco principais afirmações que são feitas sobre o universo dos dados abertos.
1. “O Open Finance irá acabar com os bancos”
Quando se tem um primeiro contato com o Open Finance o primeiro pensamento que se passa é: ‘’os bancos vão acabar?’’ ― e isso é um grande mito. Muito pelo contrário, as relações entre instituições financeiras e clientes serão ainda mais sólidas.
Os bancos terão a oportunidade de acessar possíveis novos clientes, oferecer soluções personalizadas às suas realidades financeiras e, assim, aumentar sua carteira de clientes.
“É comum que haja estranheza em um primeiro momento, tudo que é novo causa receio, mas na verdade, o Open Finance está abrindo uma porta de possibilidades para os bancos e instituições já que ele permite o fortalecimento de relações e proporciona condições mais segmentadas e assertivas, dando autonomia aos seus clientes’’, explica Bruno Loiola.
2. “Todo mundo terá acesso aos meus dados”
É muito comum achar que quando o sistema financeiro aberto for de fato implementado nas instituições financeiras, dados de qualquer pessoa estarão disponíveis para uso. Isso não é verdade. Loiola explica que existem regras muito claras que os bancos devem seguir para utilizar de forma segura os dados dos seus clientes, e o consentimento do cliente é o princípio no Open Finance
“Existe uma regulamentação do Open Finance que prevê que as instituições obrigatoriamente devem informar ao cliente para qual finalidade os dados serão utilizados, e especificar quais são esses dados. Além disso, o cliente poderá escolher por quanto tempo eles serão utilizados pela instituição. Ainda assim, eles estarão respaldados também pela LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados’’, esclarece Bruno.
3. “Passarei a receber diversas ofertas indesejadas”
A segmentação é um dos diferenciais do Open Finance, a partir de uma análise efetiva de dados, as instituições financeiras saberão exatamente o que te oferecer e quais são as melhores opções de crédito para o usuário, por exemplo.
Sendo assim, as ofertas indesejadas não serão tão recorrentes, Loiola explica que pode sim existir um aumento nas propagandas mas não é nada que fuja do comum.
“Muita gente pensa que com o acesso aos dados, os bancos fiquem desgovernados e comecem um bombardeio de telemarketing ou emails indesejados, não é bem assim. A verdade é que a segmentação estará ativa, levando mais conteúdo e ofertas de qualidade e relevantes para os consumidores’’, completa o especialista.
4. “Terei que pagar para utilizar o Open Finance”
“É previsto por meio da regulamentação do Open Finance que qualquer serviço de compartilhamento de dados não seja cobrado do cliente. Sendo assim, não existem taxas de pagamento implementadas pelos bancos para que os dados de seus clientes sejam compartilhados”, afirma Bruno.
Ao compartilhar os seus dados financeiros, a tendência é exatamente o oposto de altas taxas e condições escondidas. O Open Finance proporcionará mais competitividade entre as instituições e, dessa forma, taxas e condições mais acessíveis aos brasileiros.
5. “Vou me arrepender de compartilhar meus dados”
Uma vez que acontece o compartilhamento de dados, as possibilidades passam a ser infinitas. As ofertas são mais customizadas e passam a se relacionar melhor com os clientes, dando a eles mais autonomia de escolha. Além disso, é possível interromper a qualquer momento o compartilhamento de dados.
Mesmo que não haja de fato um arrependimento, o cliente tem liberdade para solicitar a suspensão do compartilhamento. O especialista ressalta que o Open Finance de fato chegou para revolucionar o sistema financeiro e em pouco tempo veremos grandes mudanças.
A revolução já começou, posso dizer que muito em breve estaremos desfrutando das vantagens que o sistema financeiro aberto tem para oferecer, o futuro é promissor”, finaliza.
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