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Financiamentos imobiliários devem bater recorde este ano, diz Abecip

Em 2023, o volume de financiamentos chegou a R$ 251 bilhões, segundo melhor resultado da série histórica

24 jan 2024 - 14h36
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O crédito imobiliário encerrou o ano de 2023 com R$ 251 bilhões em concessões no País, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip). O número é 4% maior que o de 2022, e faz com que 2023 seja o segundo melhor ano da série histórica, atrás apenas de 2021, quando chegou a R$ 255 bilhões.

Para este ano, a Abecip estima que o crédito imobiliário deve crescer 3% em relação a 2023, chegando a R$ 259 bilhões em concessões. Se confirmado, será o melhor ano para o financiamento imobiliário no País em toda a série histórica.

De acordo com o presidente da Abecip, Sandro Gamba, o resultado de 2023 foi puxado pelos financiamentos com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), que cresceram 59%, para R$ 98 bilhões, o melhor patamar da história. Os financiamentos com recursos da poupança caíram 15%, para R$ 153 bilhões, em um cenário de menor disponibilidade de recursos nas cadernetas e de juros mais elevados.

Porém, segundo Gamba, "mesmo com a queda, o crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo, que inclui a caderneta de poupança) teve o terceiro melhor ano da série em 2023?.

No ano passado, foram financiadas 994 mil unidades habitacionais no Brasil, sendo que 500 mil foram financiadas por meio da poupança e o restante via FGTS. Os números do FGTS incluem os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida, além da linha pró-cotista, oferecida a trabalhadores com carteira assinada, feita quase que exclusivamente pela Caixa Econômica Federal.

Em relação às projeções para este ano, a Para este ano, a Abecip acredita que o crescimento deve ser novamente sustentado pelas linhas com recursos do FGTS, com concessões 8% maiores que no ano passado, chegando a R$ 106 bilhões. Os números incluem tanto a linha pró-cotista quanto o Minha Casa Minha Vida.

Por outro lado, o crédito via SBPE deve ficar estável, em R$ 153 bilhões. Estas linhas têm sido pressionadas tanto pelos juros mais altos quanto pela saída de recursos das cadernetas de poupança, que ano passado foi superior a R$ 70 bilhões.

Para Gamba, neste ano o crédito deve ter o impulso de linhas concedidas para a construção de empreendimentos, dado que os estoques do mercado caíram no ano passado. "Temos informação de entregas relevantes do setor em 2024?, disse.

Preços mais altos

De acordo com o presidente da Abecip, há mais espaço neste ano para que os preços de imóveis subam. Além de a inflação estar menor, o que aumenta a renda disponível do mutuário final, o estoque do setor está mais baixo.

"Em um ambiente de estoque baixo, a discussão dos preços de imóveis fica mais remota", afirmou. "A situação de estoque baixo e inflação baixa permite um incremento de preços."

Gamba afirmou ainda que o financiamento à produção neste ano dependerá do volume de lançamentos que o mercado fará. "Temos condições de atender à demanda do mercado. O mercado tendo um crescimento em relação aos anos anteriores, vamos dar suporte", disse.

Estadão
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