Fiscal: Risco de descumprir a meta em 2024 diminuiu, diz Felipe Salto
Após novas falas de Haddad, após um encontro com Lula, o dólar respondeu positivamente, ficando abaixo de R$ 5,50 novamente. As sinalizações sobre o fiscal e as possibilidades de corte de gastos amenizaram os ânimos do mercado.
Felipe Salto, economista-chefe da Warren, comenta que o risco de não cumprir a meta fiscal de 2024 diminuiu com essa sinalização.
"Se a determinação é contingenciar o necessário, cresce a chance de um cenário de cumprimento de meta em 2024. Outro cenário bastante provável é esticar ao máximo a corda, mas mudar a meta na undécima hora, o que permitiria um contingenciamento menor". comenta.
"Vale lembrar: sem mudar a meta, não há como contingenciar menos do que obriga a lei. Para descumprir a meta e acionar gatilhos, por sua vez, também seria preciso demonstrar que o máximo contingenciamento teria sido feito", completa.
Haddad disse que Lula (PT) determinou que seja cumprido o arcabouço fiscal e também anunciou o corte de R$ 25,9 bilhões em despesas obrigatórias.
"Tivemos a oportunidade de nos reunirmos três vezes hoje. Lula me pediu que falasse para vocês. Primeira coisa que o presidente determinou é cumprir o arcabouço fiscal. Não se discute isso. São leis que regulam as finanças no Brasil e serão cumpridas. O arcabouço será preservado a todo custo", afirmou o ministro.
Cenário pode 'desanuviar' com sinalizações sobre o fiscal
Salto acrescenta que que aumentam as chances de entrega da meta zero, com banda.
"Reforço do discurso de responsabilidade fiscal é a grande notícia e tem peso para desanuviar o cenário nebuloso das últimas semanas. Sinal de contenção de gastos obrigatórios para 2025 é bom, mas é preciso aguardar detalhes, onde costuma residir o Asmodeu", diz.