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Fitch eleva classificação da Vale (VALE3) após acordo por Mariana

30 out 2024 - 15h14
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Fundação da Vale (VALE3), Samarco e BHP promete mais R$ 2 bi por Mariana
Fundação da Vale (VALE3), Samarco e BHP promete mais R$ 2 bi por Mariana
Foto: Suno

A Fitch Ratings revisou a perspectiva da Vale (VALE3) de estável para positiva, após o acordo bilionário firmado entre a mineradora, a BHP e a Samarco para reparação e compensação pelo rompimento da barragem em Mariana (MG).

A agência de classificação de risco também reafirmou o rating "BBB" para os IDRs (Ratings de Inadimplência do Emissor) da Vale.

A mudança na perspectiva "reflete a eliminação de um importante obstáculo nas classificações da Vale, uma vez que as incertezas ambientais e os riscos de litígios foram reduzidos com o recente acordo da Samarco. Além disso, a empresa apresenta uma crescente escala e diversificação para um mix de produtos ferrosos de maior valor agregado", afirmou a Fitch em seu relatório.

A agência também destacou sua expectativa de que a Vale mantenha um perfil de baixa alavancagem e continue gerando fluxos de caixa robustos, mesmo diante de preços mais baixos do minério de ferro, equilibrando oportunidades de crescimento com retornos aos acionistas.

Relembre o acordo

Na última sexta-feira (25), Vale (VALE3), BHP e Samarco chegaram a um acordo final com as autoridades públicas brasileiras para uma reparação sobre o rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), ocorrido em 2015.

O acordo de reparação da Samarco totaliza aproximadamente R$ 170 bilhões. Esse valor está dividido em três componentes principais:

  • R$ 38 bilhões já desembolsados em medidas de reparação e compensação.
  • R$ 100 bilhões a serem pagos em parcelas ao longo de 20 anos, com ajuste pela inflação (IPCA). Esses pagamentos serão destinados ao governo federal, aos estados de Minas Gerais e Espírito Santo e aos municípios afetados, para financiar programas compensatórios e ações vinculadas a políticas públicas.
  • R$ 32 bilhões em obrigações de desempenho, que incluem iniciativas para indenizações individuais, reassentamento e recuperação ambiental, com desembolsos concentrados entre 2024 e 2026 (cerca de 76% desse valor deverá ser pago até 2026, e o restante até 2039).

Por volta das 14h20 desta quarta-feira (30), as ações da Vale operavam em queda de 0,35% no Ibovespa, cotadas a R$ 62,41.

Suno
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