FMI diz que não avaliará planos de Trump sobre tarifas e cortes de impostos até que surjam detalhes
O Fundo Monetário Internacional (FMI) avaliará os planos de tarifas e cortes de impostos do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, à medida que os detalhes forem surgindo, mas é "muito cedo para especular" sobre seus possíveis impactos, disse a porta-voz do FMI, Julie Kozack, nesta quinta-feira.
Kozack disse na primeira coletiva de imprensa regular do FMI desde a eleição de Trump em 5 de novembro que ainda é "cedo" para que seus planos econômicos tomem forma. O ex-presidente retorna ao cargo em 20 de janeiro.
Trump tem prometido impor tarifas de 60% sobre as importações chinesas para os EUA e tarifas de 10 a 20% sobre produtos de outros países.
Ele também quer prorrogar os cortes de impostos implementados durante seu primeiro mandato em 2017, que estão expirando, e aprovar novas isenções fiscais, o que, segundo previsões orçamentárias, poderia acrescentar 7,5 trilhões de dólares em 10 anos à dívida do país.
"O impacto exato de qualquer uma dessas políticas dependerá muito dos detalhes e é por isso que esperaremos para ver os detalhes antes de fazermos nossa avaliação", disse Kozack.