FMI eleva expectativa de crescimento de Itália e Brasil
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou um novo relatório nesta segunda-feira (24) onde revisa para cima o crescimento econômico da Itália e do Brasil. Enquanto para os italianos a alta passou de 0,8% para 1,5% em 2017, para os brasileiros a revisão foi mais modesta, passando de 0,2% para 0,3% neste ano.
O "Perspectivas Econômicas Globais" ainda fez a previsão para 2018, onde o Produto Interno Bruto (PIB) italiano crescerá 1% - alta de 0,2% na comparação com o relatório divulgado em abril.
Já para o Brasil, a entidade revisou para baixo o PIB, que deve crescer 1,3% ao invés do 1,7% previsto há três meses.
"As estimativas de crescimento foram revistas para cima para vários países da zona do euro, incluindo França, Alemanha, Itália e Espanha, para os quais o crescimento no primeiro trimestre de 2017 foi acima das expectativas", informa o documento.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, comemorou a revisão e disse que "um país que melhora as previsões pode ter uma lei de orçamento e uma redução do débito mais significativo e importante".
Já para o Brasil, o FMI destaca que o bom resultado do primeiro trimestre justifica a alta para 2017, mas "a fraca demanda doméstica e o aumento da incerteza política e de políticas vão se refletir em um ritmo mais moderado de recuperação e, portanto, na projeção de um crescimento menor em 2018".
Mundo
O "Perspectivas Econômicas Globais" apontou um corte nas previsões para os Estados Unidos para os dois anos analisados e subiu para a zona do euro. Para a entidade, os países que tem o euro como moeda crescerão 1,9% em 2017 (alta de 0,2%) e 1,7% em 2018 (alta de 0,1%).
Já o PIB norte-americano crescerá 2,1% neste ano e no ano que vem, em uma perspectiva 0,2% e 0,4% menor, respectivamente, ao relatório divulgado em abril.
Para o mundo, a previsão de crescimento também foi reduzida e está estimada em 3,5% em 2017 e 3,6% em 2018. A receita do FMI para seguir com o crescimento mundial é aquela de levar adiante as reformas estruturais e evitar políticas que possam alimentar o protecionismo.
"No longo prazo, o não aumentar o potencial de crescimento e o não tornar a economia mais inclusiva poderão alimentar o protecionismo e criar obstáculos para reformas", diz o relatório informando que essa postura causará uma produtividade global menor e causará danos às famílias de baixa renda.