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FMI exalta status de Hong Kong como centro financeiro global

9 jun 2020 - 13h21
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O status de Hong Kong como um centro financeiro global é importante não apenas para a China, mas para o resto do mundo, disse uma autoridade sênior do FMI nesta terça-feira, enquanto o território chinês enfrenta renovados distúrbios pró-democracia.

Pessoas com máscaras protetoras andam em frente ao horizonte de prédios de Hong Kong, após o novo surto de doença por coronavírus (Covid-19), na China. 23 de março de 2020. REUTERS/Tyrone Siu
Pessoas com máscaras protetoras andam em frente ao horizonte de prédios de Hong Kong, após o novo surto de doença por coronavírus (Covid-19), na China. 23 de março de 2020. REUTERS/Tyrone Siu
Foto: Reuters

"Hong Kong é sustentado por um setor financeiro muito forte... e um sistema monetário ancorado em regras, bem governado e bem entendido pelo mundo", disse Geoffrey Okamoto, vice-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), em uma mesa redonda por teleconferência.

"Hong Kong é importante não apenas para a China, mas para o restante do mundo. Queremos manter (o status de) Hong Kong como um centro financeiro", disse ele, acrescentando que o FMI espera publicar atualização de suas perspectivas econômicas mundiais em 24 de junho.

O parlamento da China aprovou recentemente decisão de avançar com legislação de segurança nacional de Hong Kong, que ativistas pró-democracia, diplomatas e alguns no mundo empresarial temem comprometer o status semiautônomo do território e seu papel como centro financeiro global.

Okamoto falou enquanto centenas de manifestantes se reuniam no centro da cidade de Hong Kong para marcar um ano de protestos pró-democracia, em meio a temores de uma nova instabilidade com a lei de segurança nacional.

A pandemia de coronavírus levou as economias ao redor do mundo à beira de uma profunda recessão, forçando o FMI a cortar suas previsões econômicas mundiais.

Okamoto disse que, embora a resposta imediata deva ser a implantação de todas as ferramentas necessárias para proteger vidas e empregos, o apoio quanto à política econômica precisa mudar quando os países encerrarem as medidas de restrição impostas para conter a pandemia.

"A reabertura das economias... e o retorno a uma fase de crescimento exigirão políticas econômicas diferentes. A remoção de algum apoio político (pode ser necessária), pois mantê-lo assim pode gerar efeitos mais distorcidos", afirmou ele, sem fornecer mais detalhes.

As economias asiáticas adotaram medidas fiscais e monetárias extraordinárias para amortecer o impacto econômico da pandemia.

Alguns países que precisam de enormes quantias de financiamento externo sofreram grandes saídas de capital em março, embora a volatilidade do mercado tenha diminuído desde então.

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