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Focus: mercado piora projeção de inflação e vê taxa Selic a 15% este ano

No primeiro boletim do ano, analistas do mercado financeiro seguiram piorando as projeções para indicadores econômicos

6 jan 2025 - 10h12
(atualizado às 13h32)
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Copom, do Banco Central, já sinalizou mais duas altas de um ponto porcentual na Selic nas próximas reuniões
Copom, do Banco Central, já sinalizou mais duas altas de um ponto porcentual na Selic nas próximas reuniões
Foto: Dida Sampaio/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O primeiro relatório Focus, do Banco Central, de 2025 mostra mais uma piora das projeções econômicas. A mediana para o IPCA do ano subiu pela 12.ª semana consecutiva, passando de 4,96% para 4,99% - acima do teto da meta, de 4,5%. Um mês antes, a projeção intermediária era de 4,59%.

A partir deste ano, a meta de inflação começa a ser apurada de forma contínua, com base na inflação acumulada em 12 meses. O centro continua em 3%, com tolerância de 1,5 ponto porcentual para mais ou para menos. Se o IPCA ficar fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo.

A mediana para o IPCA de 2024 caiu de 4,9% para 4,89%, também acima do teto da meta, de 4,5%. Quatro semanas atrás, estava em 4,84%. O IPCA de dezembro será divulgado pelo IBGE nesta sexta-feira, 10. A mediana para o IPCA de 2026, por sua vez, subiu de 4,01% para 4,03%, um pouco mais distante do centro da meta. Um mês atrás, estava em 4%.

O Comitê de Política Monetária (Copom) considera o segundo trimestre de 2026 como horizonte relevante da política monetária. O colegiado espera um IPCA de 4% nos quatro trimestres fechados nesse período. Também no cenário de referência, o Banco Central espera que o IPCA tenha terminado 2024 em 4,9% e desacelere a 4,5% em 2025.

Selic

Em relação à taxa de juros, a mediana do relatório Focus aumentou de 14,75% para 15% o patamar da Selic ao final deste ano. Um mês atrás, estava em 13,5%. Na sua última reunião, de dezembro, o Copom aumentou a taxa básica para 12,25% ao ano e sinalizou mais duas elevações de 1 ponto porcentual cada, que levariam os juros a 14,25% em março.

A mediana para os juros no fim de 2026 se manteve em 12%. Um mês atrás, era de 11%. A projeção para o fim de 2027 continuou em 10%, mesmo nível de quatro semanas antes.

O Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central reforçou o cenário de deterioração da inflação, já sinalizado na ata da última reunião do Copom, e firmou a percepção do mercado de que será preciso uma taxa de juros rodando acima de 13,75% - estimativa adotada como pico do juro básico no cenário de referência do RTI - para a convergência da inflação à meta de 3%.

Câmbio

A mediana do relatório Focus para a cotação do dólar no fim de 2025, por sua vez, subiu de R$ 5,96 para R$ 6. Um mês antes, estava em R$ 5,77. A moeda americana encerrou 2024 cotada em R$ 6,1802, o maior nível nominal da história no fechamento de um ano.

A estimativa intermediária para o dólar no fim de 2026 se manteve em R$ 5,90. A projeção para o fim de 2027 permaneceu em R$ 5,80. Um mês atrás, elas estavam em R$ 5,73 e R$ 5,69, respectivamente.

A projeção anual de câmbio publicada no Focus é calculada com base na média para a taxa no mês de dezembro, e não mais no valor projetado para o último dia útil de cada ano, como era até 2020. Com isso, o BC espera trazer maior precisão para as projeções cambiais do mercado financeiro.

Estadão
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