Fortescue reporta lucro e dividendos recordes; reduz bônus de executivos
A mineradora Fortescue Metals Group reportou nesta segunda-feira o maior lucro anual de sua história e dividendos recordes, impulsionada pelos altos preços do minério de ferro, embora o alto escalão da empresa tenha recebido um surpreendente corte nos pagamentos de bônus.
Os principais executivos da Fortescue receberão apenas 28% do que poderiam ter ganho em um plano de incentivo de longo prazo, segundo a quarta maior produtora de minério de ferro do mundo.
A companhia citou as expectativas da comunidade em relação à remuneração de executivos e destacou que os resultados se devem, em parte, aos preços robustos no mercado, algo que está fora do controle da administração da empresa.
Os pagamentos de bônus muito mais baixos do que o esperado, que analistas descreveram como incomuns, vão afetar cerca de 30 pessoas. Para alguns executivos, isso ocorre após cortes em um esquema separado de bônus, na esteira de uma disparada de custos e de atrasos no projeto de magnetita de Iron Bridge.
A Fortescue registrou um lucro líquido de 10,35 bilhões de dólares no ano, ante 4,75 bilhões de dólares no ciclo anterior. O resultado ficou levemente abaixo de estimativas compiladas pela Vuma, que indicavam 10,41 bilhões de dólares. As ações da companhia fecharam a sessão em alta de 6,6%.
A empresa também declarou que se tornará a primeira grande fornecedora de minério de ferro "verde" do mundo, e acrescentou que divulgará no mês que vem novas metas para a redução de emissões por parte de seus consumidores.
A Fortescue pagará um dividendo final de 2,11 dólares australianos por ação, versus 1 dólar australiano/ação no ano anterior. Isso eleva o dividendo total da empresa no ano para 3,58 dólares australianos por papel, ou 11 bilhões de dólares australianos (8 bilhões de dólares).