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Funcionários do Banco do Brasil aprovam proposta de recuperação do plano de saúde

Mudança estatutária possibilita a recuperação financeira do plano e a adequação dos indicadores que motivaram a instauração da direção fiscal pela Agência Nacional de Saúde Suplementar

28 nov 2019 - 22h17
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BRASÍLIA - Os associados da Cassi, plano de saúde dos funcionários do Banco do Brasil, aprovaram com 81.982 mil votos a mudança estatutária que possibilita a recuperação financeira do plano e a adequação dos indicadores que motivaram a instauração da direção fiscal pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), órgão regulador do setor.

A votação atingiu os dois terços de aprovação, o que permite que a mudança possa ser implantada, com o primeiro débito da nova contribuição em 20 de dezembro, informou a assessoria do plano.

Como o Estadão/Broadcast mostrou na última sexta-feira, 22, esta é a terceira vez que a Cassi tentava alterar seu estatuto para aumentar a contribuição dos associados e salvar as finanças do plano, que enfrenta um descasamento de capital que já ultrapassa os R$ 900 milhões e risco real de liquidação da carteira.

Desde o ano passado, a Cassi vinha sofrendo revezes nas tentativas de aprovar junto aos funcionários do banco propostas para equalizar o déficit do plano, que atende funcionários da ativa e já aposentados, além de suas famílias. A primeira tentativa, no fim do ano passado, foi rejeitada. A segunda, em maio deste ano, conseguiu maioria de votos, mas não atingiu o quórum mínimo necessário para ser aprovada.

A empresa tinha até hoje para votar uma terceira proposta, e obteve sucesso. A ANS exige a apresentação até o dia 10 de janeiro de um plano de saneamento que comprove a possibilidade a readequação financeira da Cassi em um período de 36 meses. Sem uma solução para o problema, o órgão regulador pode determinar a alienação da carteira do plano para outras empresas e, no limite, a sua liquidação.

A nova proposta prevê, além de uma nova contribuição dos associados, o ingresso imediato de mais de R$ 1 bilhão no caixa da Cassi já em dezembro, por meio de aportes do próprio Banco do Brasil.

Estadão
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