Fundos de investimento: o que você precisa saber pra escolher
Conheça os principais tipos de fundos de investimento e para qual perfil de investidor são indicados
Os fundos de investimento são uma forma simples para investir em diversos tipos de ativos, como ações, debêntures, títulos públicos e até investimentos internacionais, com o suporte de um gestor profissional.
Mas os fundos não são todos iguais ― eles podem proporcionar níveis diferentes de risco e diversificação. Entenda agora quais são os principais tipos de fundos e para quem são recomendados, com informações da especialista Andressa Bergamo, sócia-fundadora da AVG Capital.
O que são fundos de investimento
Fundos são um tipo de investimento coletivo. Eles são divididos em cotas, e cada cotista possui um número de cotas proporcional ao seu valor investido, e a soma desse dinheiro todo forma o patrimônio do fundo, que é aplicado por uma instituição ou por um profissional, que é o gestor do fundo. Por isso, os fundos cobram uma taxa, que é a taxa de administração.
Também existe a possibilidade de cobrança de outras taxas, como a taxa de performance, cobrada quando o fundo atinge um determinado resultado esperado.
Além disso, incidem o IOF e diferentes alíquotas de imposto de renda, a depender do tipo de fundo, informações que podem ser disponibilizadas pela corretora ou banco.
Conheça os principais fundos de investimento
- • Fundos de renda fixa
São ideais para investidores mais avessos ao risco, ou seja, aqueles que desejam retorno mais previsível, sem muitas oscilações. Eles investem quase todo o seu patrimônio em aplicações de renda fixa. “Portanto, se você gosta de investimentos mais conservadores, essa pode ser uma das melhores opções”, afirmou Andressa Bergamo.
- • Fundos Multimercado
São aqueles que alocam o capital dos seus cotistas em diferentes opções financeiras do mercado, como renda fixa, câmbio, ações, entre outros, sempre buscando a melhor rentabilidade. Esses tipos de fundo podem ter estratégias diferentes de acordo com o objetivo e a alocação dos recursos.
- • Fundos de ações
Recomendados para investidores que já conhecem melhor o mercado e têm mais apetite a risco, podem ser ótimas opções para compor uma carteira de investimentos. Os fundos de ações investem os recursos dos cotistas em estratégias com ativos no mercado de ação, seja no Brasil ou no exterior. Esses fundos são muito mais voláteis do que os de renda fixa ou multimercado, e por sua vez costumam ter taxas de administração um pouco mais altas.
- • Fundos Cambiais
Os fundos cambiais devem ter pelo menos 80% dos seus ativos relacionados à variação de preços de moedas estrangeiras, como o dólar e o euro, por exemplo. Ele também pode ser formado por variações cambiais em geral, afirmou Andressa Bergamo: “Nós consideramos o fundo cambial na classe dos arrojados, tendo em vista a sua volatilidade. Pode ser utilizado também nas carteiras como alternativa para a proteção dos seus recursos financeiros contra oscilações de moedas fortes”.
- • Fundos imobiliários
São voltados a empreendimentos imobiliários. Um fundo imobiliário é uma espécie de condomínio de investidores que reúnem seus recursos para que sejam aplicados em conjunto no mercado imobiliário. A dinâmica mais tradicional é que o dinheiro seja usado na construção ou na aquisição de imóveis que depois sejam locados e arrendados. Os ganhos obtidos nessas operações são divididos entre os participantes na proporção em que cada um aplicou. “Podemos dizer que é possível viver de renda aplicando em fundos imobiliários, ao invés de ter os imóveis físicos, que geram também custos e preocupações com aluguéis e administração”, observou Bergamo.
Como escolher um fundo de investimentos?
De acordo com Andressa Bergamo, é importante considerar os seguintes fatores antes de qualquer tomada de decisão: Classificação de risco do fundo, ou seja, quais são os riscos envolvidos; Prazo de resgate: em quanto tempo esse dinheiro vai estar disponível a partir do momento em que eu pedir a solicitação de resgate; Qual é a taxa de administração desse fundo, quando ele cobra; Histórico, como foram os meses passados, como esse fundo performou nos últimos anos; E o mais importante: qual é a aplicação inicial, a partir de quanto eu posso investir em cada um desses fundos.
O documento que contém essas informações é chamado lâmina de fundos, e deve ser disponibilizado ao investidor para que ele possa avaliar os riscos e considerar se o fundo está de acordo com o seu perfil e objetivo.
“Os bancos e corretoras disponibilizam fundos de todas as classes e de diferentes gestoras, e é importante ter uma assessoria especializada no assunto para auxiliar na escolha”, finalizou a especialista.