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Fusão da Arezzo e Grupo Soma: as roupas vão ficar mais caras?

Junção das duas empresas vai criar um gigante da moda nacional com faturamento de cerca de R$ 12 bilhões ao ano

9 fev 2024 - 05h00
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Arezzo&Co e Grupo Soma se unem no mercado
Arezzo&Co e Grupo Soma se unem no mercado
Foto: Reprodução / Divulgação / Perfil Brasil

A Arezzo e o Grupo Soma confirmaram, na segunda-feira, 5, a fusão entre as duas companhias do varejo. A junção das duas empresas vai criar um gigante da moda nacional com faturamento de cerca de R$ 12 bilhões ao ano, 34 marcas nos segmentos de calçados, vestuário e acessórios e mais de 2 mil lojas, entre próprias e franquias.

Como a fusão a ser oficializada na proporção de 54% para a Arezzo e 46% para o Soma tornará o grupo o segundo maior do País, com marcas como Vans, Alexandre Birman, Schutz, Hering, Farm e Animale, a preocupação com preço é sempre presente entre os consumidores. Afinal, isso vai deixar as roupas mais caras? 

Embora muitos detalhes sobre a fusão ainda precisem ser melhor definidos para o mercado e para o segmento, especialistas ouvidos pela Terra afirmam que não se pode afirmar que uma fusão ou aquisição deixará os produtos mais caros sem uma análise concorrencial detalhada, mas pode ocorrer dois movimentos, tanto de redução quanto o de elevação dos preços. 

“Para os clientes, não se espera grandes mudanças no curto prazo. Ambas [Arezzo e Soma] declararam que, num primeiro momento, trabalharão com suas marcas próprias e com suas identidades. Administrativamente, é provável que reduções por conta de ganhos de escala e de escopo ocorram”, explica o economista e professor de finanças corporativas da FIA Business School, José Carlos de Souza Filho.

No médio e longo prazo, o cenário pode mudar. Vicente Bagnoli, professor de direito da concorrência da Universidade Presbiteriana Mackenzie, afirma que o “poder de portfólio pode dificultar a atuação de concorrentes menores e a empresa poderia utilizar desta situação para exercer seu poder de mercado, elevando o preço de seus produtos e aumentando a sua concentração no mercado”.  

Conforme o especialista, caberá às empresas demonstrar ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) -- autoridade de concorrência que analisa e dá a palavra final nas operações -- que a fusão será traduzida em eficiência ao mercado, como melhorias nos produtos e marcas, novas tecnologias empregadas, acirramento da competição e, claro, a questão preço ao consumidor.

A nova empresa terá quatro verticais de negócios: 

  • Calçados e bolsas; 
  • Vestuário e lifestyle feminino; 
  • Vestuário e lifestyle masculino; 
  • Vestuário democrático. 

A nova companhia será comandada de maneira conjunta pelos atuais acionistas de referência da Arezzo&Co e do Grupo Soma. Alexandre Birman será o CEO da nova companhia e Roberto Luiz Jatahy Gonçalves o CEO da unidade de negócios de vestuário feminino. Já Rony Meisler ficará como CEO da unidade AR&Co e Thiago Hering continuará como CEO da unidade Hering.

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Fonte: Redação Terra
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