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Futuro da LVMH preocupa Bernard Arnault, homem mais rico do mundo

Bilionário quer fazer o possível para evitar uma 'sucessão calamitosa'

14 mar 2024 - 16h23
(atualizado às 17h20)
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Bernard Arnault, sua esposa Helene Arnault e a filha Delphine Arnault
Bernard Arnault, sua esposa Helene Arnault e a filha Delphine Arnault
Foto: Getty Images

Bernard Arnault, homem mais rico do mundo atualmente, vê com preocupação o futuro imediato da LVMH, grupo global de alta costura, joalharia e bebidas alcoólicas. Segundo o jornal argentino La Nacion, o bilionário, de 74 anos, teme uma 'sucessão calamitosa'.

Os estatutos do conglomerado permitem a ele permanecer no comando até os 80 anos. Arnault quer manter sua família no controle total do conselho de acionistas e da gestão operacional. Mas também quer fazer o possível para evitar o que aconteceu em outros casos famosos, como o do grupo de mídia Lagardère. 

Arnault é apontado como o homem mais rico do mundo pelo tempo real da Forbes, com fortuna estimada em US$ 241,5 bilhões, o equivalente a R$ 1,2 trilhão, na cotação atual. 

Embora tenha o temor, Arnault já organiza a sua sucessão. Todos os meses, seis membros do conselho se reúnem religiosamente numa sala no nono e último andar da exclusiva Avenida Montaigne, número 22, coração do chamado "triângulo dourado" de Paris e sede da LVMH.

Esses seis membros são Bernard Arnault e os cinco filhos que teve de dois casamentos: Delphine, de 48 anos, Antoine, de 46, Alexandre, de 31, Frédéric, de 29 e Jean, de 26 anos.

A reunião mensal na sede, porém, tem um objetivo particular: é ao mesmo tempo um almoço em família, uma minireunião da diretoria e, principalmente, um curso de altíssimo nível sobre prática empresarial.

Segundo fontes do jornal argentino, dois dos cinco filhos de Arnault, Alexandre e Frédéric, entrarão no conselho de administração e, consequentemente, começarão a ter peso nas decisões estratégicas do grupo.

Com passagem anterior pela gestão de algumas subsidiárias, Alexandre acaba de ser nomeado número dois da joalheria americana Tiffany, enquanto Frédéric foi direcionado para as marcas de relógios do grupo, como TAG Heuer e Bulgari.

Embora Alexandre e Frédéric ocupem espaços de destaque no conselho da empresa, a participação acionária foi reorganizada. Os seus cinco descendentes estão representados igualmente na empresa Financière Agache, que controla 48% do capital da LVMH.

Faltando seis anos para Arnault sair da presidência da empresa, nada ainda foi decidido sobre o futuro CEO. A hora da verdade só chegará quando ele decidir se aposentar. Só então o aparente bom relacionamento entre os cinco irmãos virá à tona.

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Fonte: Redação Terra
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