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G20 discutirá impacto da política dos EUA em emergentes

Ministros e membros de bancos centrais das principais economias vão se reunir em 22 e 23 de fevereiro

20 fev 2014 - 09h04
(atualizado às 09h05)
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Os líderes financeiros mundiais tratarão do impacto da política monetária dos Estados Unidos nos mercados emergentes no documento final de sua reunião nesta semana em Sydney, mas a linguagem ainda não foi acertada, disse uma autoridade russa do G20.

Ministros das Finanças e membros de bancos centrais do Grupo das 20 principais economias em desenvolvimento e avançadas vão se reunir em 22 e 23 de fevereiro. A reunião, a primeira sob o comando da Austrália, não deve gerar importantes avanços em políticas sobre crescimento global, investimento, regulação financeira ou cooperação em taxação internacional, disse a fonte.

Os pontos focais deverão ser a desaceleração do crescimento econômico da China e as vendas generalizadas de títulos, moedas e ações de emergentes que aconteceram no mês passado, depois que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, começou a reduzir seu estímulo.

Países emergentes vão exigir clareza dos EUA, disse a autoridade russa, que está envolvida nos preparativos da reunião.

"Neste momento, não temos um entendimento claro sobre se algumas responsabilidades serão adotadas ou se haverá alguns acordos que irão minimizar o impacto negativo dessas medidas (dos EUA)", disse a autoridade.

O comunicado final vai lidar com a questão.

"Temos uma versão preliminar, mas ainda é um esboço bastante bruto, especialmente quando se trata desse ponto", disse a autoridade. "É difícil dizer agora como isso será refletido no documento final dos ministros."

As discussões sobre mudanças em políticas fiscais e monetárias para levar a economia global a um crescimento sustentável e equilibrado vão se concentrar em preparar estratégias, usando uma estrutura adotada na cúpula do G20 na Rússia.

Os líderes financeiros do G20 vão ainda provavelmente concordar com a proposta do Fundo Monetário Internacional (FMI) no mês passado de prorrogar o prazo para a próxima rodada de reformas no Fundo até janeiro do próximo ano, resultado do fato de os Estados Unidos não terem ratificado uma reforma de 2010.

Washington deve ser criticado por atrasar a reforma sobre a tomada de decisões que dá às economias em desenvolvimento mais poder, mas no final existe um "entendimento mais amplo" entre o G20 sobre a questão.

"Estamos falando aqui sobre a confirmação, consentimento do G20 de que a decisão (sobre a prorrogação do prazo) é aceitável para eles", disse a autoridade.

Autoridades de países dos Brics - Brasil, China, Índia, Rússia e África do Sul - discutirão isso, mas não deve haver documento separado do grupo.

Os Brics também vão se reunir paralelamente para discutir a criação de um banco de desenvolvimento com capital de até US$ 50 bilhões e um fundo de US$ 100 bilhões designado para estabilizar mercados cambiais.

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