G20: quanto custa se hospedar nos hotéis de luxo onde os líderes de Estado ficarão no Rio de Janeiro?
A capital fluminense deve bater a média 91,60% em ocupação hoteleira no período de 15 a 17 de novembro
Além do calçadão mais famoso do Brasil, a orla da Zona Sul do Rio de Janeiro é cheia de hotéis luxuosos, como o icônico Copacabana Palace. É por esta região onde ficarão a maior parte das delegações dos países convidados para a Cúpula do G20, que acontece entre os dias 18 e 19, na capital fluminense. Quem quiser ficar no hotel que receberá o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por exemplo, precisará desembolsar a partir de R$ 2 mil. O Terra listou algumas das estadias e o preço para curtir um dia em cada uma delas.
Receba as principais notícias direto no WhatsApp! Inscreva-se no canal do Terra
O G20 acontece com a ocupação hoteleira batendo altos índices de ocupação. Um relatório divulgado na quarta-feira, 13, pela Associação Hotéis do Rio de Janeiro e a HotéisRIO mostra que a Cidade Maravilhosa deve bater a média de 91,60% para o período de 15 a 17 de novembro, que compreende o feriado da Proclamação da República e a reunião do G20.
Na Zona Sul, onde se concentra a maior parte dos hotéis que receberão as delegações, o número também é alto. Os bairros de Ipanema e Leblon registraram 90,70% de ocupação para o mesmo período, enquanto o Leme e Copacabana marcaram 88,17%.
"Os hotéis que receberão as comitivas estrangeiras que virão para a reunião do G20, em especial os empreendimentos cinco estrelas, registram números acima dos 95%", aponta o levantamento da ABIH-RJ.
Os hoteis fecham para as delegações?
O presidente do Brasil e anfitrião do evento chegou ao hotel Fairmont na quinta-feira, 14, acompanhado da primeira-dama, Janja. O cinco estrelas fica em Copacabana e ainda espera a chegada de outros participantes importantes do G20.
Uma fonte confirmou ao Terra que cerca de sete delegações se hospedarão por lá, contando com a brasileira. De acordo com o jornal O Globo, o presidente da França, Emmanuel Macron, também ficará no Fairmont.
Segundo a fonte ouvida pela reportagem, não houve restrição e nem limite de reservas para hóspedes 'comuns' no hotel. No entanto, a alta demanda das delegações fez com que as vagas se limitassem muito rápido para o período do fórum, entre esta quinta-feira, 14, e a quarta-feira, 20.
Ainda de acordo com a fonte, não existe regra que dê preferência à estadia de autoridades para esses megaeventos. Porém, há controvérsias. A pessoa ouvida pelo portal citou que uma família que fez a reserva no Fairmont para o período do G20 precisou ser realocada pouco antes da data. O motivo seria 'abrir espaço' para as delegações que manifestaram interesse em se hospedar por lá.
Os funcionários dos hoteis e responsáveis por acompanhar as delegações também precisam assinar um Termo de Confidencialidade para seguir na função.
Valores
Para o fim de semana do G20, não há mais vagas no Fairmont. No entanto, quem tiver a curiosidade se hospedar no mesmo hotel em que o presidente do Brasil e demais delegações terá que desembolsar bastante dinheiro. No cinco estrelas, a diária mais barata custa R$ 2.152, enquanto a mais cara fica por volta dos R$ 5,4 mil.
Outro hotel cotado para receber delegações e chefes de Estado é o Hilton, também em Copacabana. A reportagem passou pelo local e viu grades e uma enorme tenda montada na lateral do prédio. A estrutura faz parte dos preparativos para receber as comitivas internacionais.
Assim como o Fairmont, o Hilton Copacabana também não tem mais disponibilidade para o fim de semana do G20. As reservas podem ser feitas a partir da semana que vem e custam a partir de R$1.354. A opção mais cara é a suíte imperial, que cobra R$ 8.159 na diária.
A 'estrela' da Zona Sul também receberá delegações para o G20 e já cercou os arredores com grades de segurança. O Copacabana Palace é o hotel mais famoso do Rio e virou até ponto turístico na orla da Zona Sul por ter recebido nomes como o Rei Charles III, Michael Jackson e Madonna.
Por causa da estrutura e da fama, o preço por lá é o mais 'salgado'. Todas as reservas estão esgotadas entre o sábado, 16, e a quarta-feira, 20. No entanto, as diárias podem custar até R$ 39 mil em períodos 'normais'.
Longe de Copacabana, a Barra da Tijuca, na Zona Oeste, também espera comitivas internacionais para o G20. O hotel Windsor Barra oferece até feijoada completa para seus hóspedes e cobra a partir de R$ 510 em uma diária. O preço mais alto fica para o pacote de núpcias da suíte presidencial. Para aproveitar a estadia nestes moldes, é preciso desembolsar R$ 9.461.
Esquema de segurança no entorno
Para evitar o fluxo principalmente na Zona Sul, onde se concentra a maior parte dos hotéis nos quais estarão as delegações, um esquema de segurança foi traçado pela Prefeitura e pelo Governo do Estado.
Mesmo no domingo e nos feriados, não haverá o famoso espaço de lazer na orla. A medida é válida entre a sexta-feira, 15, e a terça-feira, 19, na altura da Avenida Atlântica, Avenida Vieira Souto e Avenida Delfim Moreira, que compreende os bairros de Copacabana, Ipanema e Leblon.
Porém, os motoristas podem ficar aliviados: o trânsito de veículos está liberado em todo o período. Alguns fechamentos pontuais devem acontecer apenas na passagem dos comboios, com reforço de equipes da CET-Rio e da Guarda Municipal.
Na Zona Sul e na Barra, mais de 15 mil agentes da Polícia Militar atuarão no patrulhamento no entorno dos hotéis.
-r178witgbucj.jpg)
