Galípolo defende convergência entre políticas monetária e fiscal e diz ter diálogo com o Banco Central
Secretário-executivo disse ainda que reduzir os juros básicos, atualmente em 13,75%, é uma vontade de "todo mundo"
O secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, que será indicado pelo governo à diretoria de Política Monetária do Banco Central, disse nesta terça-feira, 9, que defende a convergência entre as políticas monetária e fiscal.
Falando a jornalistas em Brasília um dia após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ter confirmado seu nome para o BC, Galípolo disse estar muito honrado pela indicação e afirmou ter um "diálogo cordial" com a autarquia e uma boa relação com seu presidente, Roberto Campos Neto.
Galípolo disse ainda que reduzir os juros básicos, atualmente em 13,75%, é uma vontade de "todo mundo".
Quem é
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou Gabriel Galípolo para o cargo de diretor de política monetária do Banco Central (BC). De acordo com Haddad, a indicação tem como objetivo “entrosar as equipes do BC e da Fazenda”.
Considerado cargo “número 2” da pasta, Galípolo é secretário executivo da Fazenda. Ele já foi chefe da Assessoria Econômica da Secretaria de Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo (2007) e diretor de Estruturação de Projetos da Secretaria de Economia e Planejamento do Estado de São Paulo (2008).
Para o lugar de Galípolo na secretaria executiva da Fazenda, Haddad indicou Dario Durigan. "Com tudo correndo bem na tramitação dos nomes dos diretores junto ao Senado Federal, o Dario assume a secretaria imediatamente após a posse do Gabriel Galípolo no Banco Central", disse o ministro.
Além de Galípolo, Haddad indicou o servidor Ailton Aquino dos Santos para assumir a diretoria de fiscalização da autarquia. Os nomes ainda precisarão passar pela aprovação do Senado Federal.