Script = https://s1.trrsf.com/update-1734630909/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Galípolo diz que não há 'bala de prata' para resolver questão fiscal e rejeita ideia 'ataque especulativo' contra o real

Em entrevista coletiva em Brasília, Galípolo também fez a avaliação de que o Banco Central tem a confiança do presidente Lula

19 dez 2024 - 12h48
(atualizado às 14h52)
Compartilhar
Exibir comentários
Galípolo assume a presidência do Banco Central em janeiro
Galípolo assume a presidência do Banco Central em janeiro
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

O diretor de Política Monetária do Banco Central e presidente da autarquia a partir de janeiro, Gabriel Galípolo, disse nesta quinta-feira, 19, que não existe uma "bala de prata" que possa resolver a questão fiscal do país no curto prazo e que, por isso, é necessário tratar do assunto de forma contínua.

Em entrevista coletiva em Brasília, Galípolo também fez a avaliação de que o Banco Central tem a confiança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Não só em mim, mas em toda a diretoria do Banco Central: de que ela vá desempenhar o trabalho que ela precisa para focar na inflação”, disse.

Galípolo falou que não há rotina de dar ciência ao presidente Lula sobre o que o BC pretende ou vai fazer. “Nem do ponto de vista legal, e ele jamais chegou perto de discutir comigo sobre o que o Banco Central vai fazer em qualquer tipo de reunião”, afirmou.

Dólar em alta e suposto ataque especulativo

O futuro presidente do BC disse também que a ideia de um ataque especulativo contra o real como movimento coordenado não explica bem a situação do câmbio neste momento. “Eu acho que não é correto tentar tratar o mercado como um bloco monolítico, vamos dizer assim, como se fosse uma coisa só, que está coordenada, andando em um único sentido”, disse.

“Basta a gente entender que o mercado funciona, geralmente, com posições contrárias. Para existir um mercado, precisa existir alguém comprando e alguém vendendo. Então, toda vez que o preço de algum ativo se mobiliza em alguma direção, você tem vencedores e perdedores. Eu acho que a ideia de ataque especulativo enquanto algo coordenado não representa bem.”

Galípolo também afirmou que autoridade monetária está dando grande demonstração de força institucional com a sinalização de elevação dos juros nas próximas duas reuniões. “A materialização de alguns riscos retirou alguma incerteza da frente para a gente, permitindo que nós conseguíssemos enxergar um pouquinho mais à frente”, disse.

“Em função de todas as razões aqui apresentadas, o tamanho do anúncio que a gente fez de um alta de 100 bps (1 ponto porcentual) e prevendo mais duas altas de 100 bps fazia sentido e faz sentido para o orçamento que a gente imagina que é necessário nessa dose e nesse passo.”

*Com informações da Reuters e Estadão Conteúdo

Fonte: Redação Terra
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade