Giuliana Morrone caiu em golpe do boleto: Saiba como se proteger das fraudes
Especialistas dão dicas para evitar cair em golpes; jornalista foi vítima de um que durou mais de uma década
A jornalista Giuliana Morrone contou na quarta-feira, 10, que descobriu recentemente que foi vítima de um golpe que durou mais de uma década. Segundo a jornalista, ela pagava os serviços de uma corretora de seguros de carro que não existia. O esquema funcionava por meio de comprovantes de pagamentos adulterados.
O caso da jornalista não é isolado. Esse tipo de golpe é mais antigo, mas ainda muito usado. Os criminosos enviam um boleto adulterado através de e-mail, SMS ou Whatsapp. O boleto é bem elaborado para parecer legítimo, geralmente com uma conta de operadora de telefonia ou de um plano de saúde. Mas o dinheiro vai para os criminosos.
Especialistas ouvidos pela Terra orientam como se proteger desse tipo de golpe. Os cuidados vão desde conferir as informações no próprio boleto, como nome e CNPJ do beneficiário, até uma pesquisa mais aprofundada na reputação da empresa e nos dados do corretor.
Confira abaixo algumas dicas
- Checar os dados do boleto (banco emissor, nome da empresa, CNPJ e valor). Se há vínculo com a empresa que enviou o boleto;
- Verificar se os três primeiros dígitos do boleto coincidem com o código do Banco emissor (site da Febraban traz a lista de códigos de cada banco)
- Verificar se os últimos dígitos correspondem ao valor do boleto;
- Verificar se a câmera do celular consegue automaticamente ler o código de barras do boleto; se não conseguir, redobre a atenção;
- Verificar se o CNPJ, empresa favorecida e valor do boleto coincidem com as informações de pagamento no app do Banco;
- De preferência para baixar segunda via de boleto diretamente no site da empresa (e não por e-mail ou WhatsApp);
- SMS – desconfie de SMS enviados sem solicitação, principalmente se eles pedirem dados pessoais ou senhas. Não clique em links enviados por esse meio;
- Links – seja por SMS, e-mail ou WhatsApp, nunca clique em links que pedem atualização de dados! Sempre atualize junto à seguradora, por canais oficiais;
- Ligações – ao receber ligação em nome de uma seguradora, principalmente se a pessoa se apresentar como gerente ou responsável pela área de segurança ou prevenção a fraudes, desconfie. Você pode desligar e retornar em um canal oficial para verificar a veracidade;
Outras dicas
Reputação da empresa
Buscar empresas que tenham boa reputação no mercado – essa etapa é bastante simples, mas muito importante na busca por um seguro ou pela contratação de qualquer outro serviço, principalmente on-line. O ideal é fazer uma varredura na internet com o nome da empresa para verificar sua confiabilidade e reputação. Existem sites que fazem essa medição e são gratuitos.
Checagem
Verificar se há casos com nome do (a) corretor (a) - da mesma forma que é importante conhecer a seguradora, é essencial buscar informações sobre o corretor com quem você está tratando. Pode-se verificar, também na internet, se há algum caso mais delicado e que não foi resolvido, assim, evitam-se alguns problemas que podem surgir no futuro.
Documentação
Nunca assinar um documento sem ler – essa dica é essencial também. A leitura de contratos e documentos, focando nos detalhes, é uma etapa que não pode ser deixada de lado. Ao assinar um documento, sempre leia as cláusulas e, se não concordar com alguma condição, não assine.
Ao fechar o contrato, sempre pedir a apólice – fechou contrato com o corretor? Peça para ter acesso à apólice do seguro. Esse é o documento que garante, inclusive com data/hora, o período que você estará segurado. Guarde a apólice em um lugar em que você não se esqueça, mesmo que ela seja enviada em formato virtual.
Acionar a seguradora sempre que necessário - Em caso de sinistro ou dúvidas, o segurado pode acionar através do número de telefone ou canal indicado na apólice. Com isso, o segurado terá certeza de que a apólice está ativa e a seguradora pode auxiliar no que for preciso.
Para matéria, o Terra ouviu Claudia Lopes, diretora Comercial & Marketing da Generali, um dos maiores grupos globais de seguros, e Marcelo Chiavassa, professor de Direito Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie.