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GM e sindicato retomam negociações enquanto trabalhadores fazem piquetes

16 set 2019 - 12h48
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Negociadores da General Motors e o sindicato United Auto Workers (UAW) estão programados para reiniciar as negociações nesta segunda-feira para resolver uma greve que encerrou as operações norte-americanas altamente lucrativas da montadora.

16/09/2019
REUTERS/Rebecca Cook - RC1D4D7F1020
16/09/2019 REUTERS/Rebecca Cook - RC1D4D7F1020
Foto: Reuters

O UAW iniciou no domingo a primeira greve em toda a empresa da GM em 12 anos, dizendo que as negociações para um novo acordo nacional envolvendo cerca de 48 mil trabalhadores haviam atingido um impasse.

Os trabalhadores faziam piquetes fora das fábricas da GM, exibindo placas declarando "UAW On Strike". Durante a paralisação, os membros do UAW receberão 250 dólares por semana do fundo de greve do sindicato.

O UAW e a GM disseram que as negociações foram retomadas às 11h da manhã desta segunda-feira (horário de Brasília).

A greve tornou-se rapidamente uma questão política, pois tanto o presidente dos EUA, Donald Trump quanto os democratas, que querem derrubá-lo em 2020, opinaram. Trump e os democratas veem os votos dos membros do UAW no Centro-Oeste como críticos para a vitória.

O sindicato quer impedir que a GM feche a fábrica Lordstown e uma instalação de montagem em Detroit. O UAW afirmou que os trabalhadores merecem salários mais altos após anos de lucros recordes para a GM na América do Norte.

A GM argumenta que os fechamentos das fábricas são respostas necessárias às mudanças no mercado e que os salários e benefícios do UAW são caros em comparação com as fábricas de automóveis não sindicais concorrentes nos estados do sul dos EUA.

Em comunicado divulgado domingo, a GM apresentou sua oferta ao sindicato, dizendo que o pacote incluía soluções para as fábricas de montagem de Michigan e Ohio que atualmente não possuem produtos, 7 bilhões de dólares em investimentos nos EUA e um bônus de assinatura de 8 mil dólares por trabalhador.

O principal negociador do UAW disse que a proposta veio apenas duas horas antes do prazo final da greve e culpou a montadora pela greve.

"Se tivéssemos recebido essa proposta no início do processo, talvez fosse possível chegar a um acordo provisório e evitar uma greve", escreveu o vice-presidente do UAW, Terry Dittes, em uma carta à GM no domingo, de acordo com uma cópia visualizada pela Reuters.

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