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Governo alemão pressiona Volkswagen após escândalo

Montadora admitiu ter enganado agência dos EUA para maquiar emissões de gases poluente

21 set 2015 - 17h18
(atualizado às 18h51)
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Após a Volkswagen admitir ter enganado a agência americana de proteção ao meio ambiente instalando em modelos a diesel um software que maquia as emissões de gases poluentes, o governo alemão ordenou nesta segunda-feira (21/09) testes detalhados de todos os modelos da Volkswagen a diesel na Alemanha.

O ministro dos Transportes, Alexander Dobrindt, disse ao jornal Bild que solicitou à Agência Federal de Transporte Motorizado (KBA, na sigla em alemão) que providencie imediatamente testes específicos e abrangentes conduzidos por especialistas independentes.

O governo alemão também pediu que outros fabricantes de veículos alemães mostrem que não manipulam os testes de emissões no país apresentando "informações confiáveis" às autoridades.

O ministro da Economia e vice-chanceler federal alemão, Sigmar Gabriel, criticou o comportamento da Volkswagen nos EUA, classificando o incidente como "grave". Ele admitiu haver preocupações de que as recentes revelações possam abalar a reputação da indústria automobilística como um todo, mas insistiu que o caso da Volkswagen é atípico.

"O termo 'made in Germany' é sinônimo de qualidade mundo afora", disse Gabriel. "Não acho o escândalo atual vá resultar num prejuízo duradouro e fundamental à indústria alemã como um todo."

"Ponta do iceberg"

O Clube do Transporte VCD classificou as manipulações da Volkswagen como "a ponta do iceberg". "Pode-se supor com certeza que, além da Volkswagen, outras empresas manipularam os valores de emissão de gases, e não apenas nos EUA", disse o porta-voz do VCD Gert Lottsiepen.

A organização de proteção ao meio ambiente e ao consumidor Deutsche Umwelthilfe (DUH) também estima que outras montadoras adotem métodos semelhantes aos da Volkswagen. A DUH acusou o governo alemão de, "por pressão da indústria automobilística", não adotar medidas eficazes.

A Comissão Europeia disse à DW que está em contato com a Volkswagen e com a Agência de Proteção Ambiental dos EUA (EPA) e que ainda não se sabe se veículos na Europa também foram alvo de manipulação. De acordo com a EPA, a Volkswagen pode enfrentar multas de até 18 bilhões de dólares.

A montadora alemã interrompeu a venda de veículos a diesel nos EUA e viu suas ações perderem quase um quinto de seu valor na Bolsa de Valores de Frankfurt nesta segunda-feira.

Martin Winterkorn, CEO da Volkswagen, em maio de 2015 durante reunião de acionistas em Hanover, na Alemanha
Martin Winterkorn, CEO da Volkswagen, em maio de 2015 durante reunião de acionistas em Hanover, na Alemanha
Foto: Alexander Koerner / Getty Images
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