Governo arrecada 3,15 bilhões de reais em leilão do pré-sal
Três de quatro blocos foram vendidos. Leilão é marcado por derrota da Petrobras em duas disputas. Estatal recorre a direito de preferência para poder explorar petróleo na região.O governo arrecadou nesta quinta-feira (07/06) 3,15 bilhões de reais no novo leilão de áreas do pré-sal. Dos quatro blocos ofertados na quarta rodada de licitações, três foram arrematados.
A disputa foi acirrada pelos blocos de Uirapuru e Três Marias, ambos na Bacia de Santos. Os consórcios liderados pela Petrobras foram derrotados nas duas áreas. A estatal, porém, recorreu ao direito de preferência, que por lei lhe garante participação de 30% nos grupos vencedores.
Desta maneira, o consórcio formado pela norueguesa Statoil, americana ExxonMobil , portuguesa Petrogal e Petrobras arremataram por 2,65 bilhões de reais o bloco Uirapuru. As petroleiras propuseram ainda ceder 75,49% da produção para a União.
O bloco Três Marias foi vendido por 100 milhões de reais. O consórcio formado pela anglo-holandesa Shell, pela americana Chevron e Petrobras ofereceu também 49,95% da produção ao governo.
"Foi mais um leilão extremamente exitoso, em que a gente conseguiu atrair competitividade, fazendo com que a arrecadação aumente. Nossa estimativa é de que as receitas esperadas pela União, estados e municípios cresçam em R$ 40 bilhões", afirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Décio Oddone.
As outras duas áreas oferecidas ficam na Bacia de Campos. No bloco Dois Irmãos, apenas o consórcio liderado pela estatal fez uma oferta. A região foi vendida por 400 milhões de reais. As petroleiras que integram grupo junto com a Petrobras, BP e Statoil, ofereceram 16,43% da produção à União.
Já o bloco Itaimbezinho não recebeu nenhuma oferta. A próxima rodada de leilão do pré-sal está prevista para setembro.
Na abertura desta rodada, Oddone reiterou que a agência não vai interferir na política de ajustes de preço de combustíveis da Petrobras. A afirmativa foi feita após a ANP anunciar um estudo sobre a periodicidade dos ajustes.
"Em nenhum momento está sendo discutida qualquer imposição que prejudique ou que traga perdas para qualquer empresa do mercado brasileiro", destacou.
CN/abr/ots
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