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Governo brasileiro rejeita crise no setor automobilístico

Para o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, corte de funcionários na Volkswagen e na Mercedez-Benz é uma “situação limitada”

13 jan 2015 - 12h27
(atualizado às 12h30)
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<p>Foto de arquivo do depósito de novos carros da Volskwagen em São José dos Campos, próximo a São Paulo</p>
Foto de arquivo do depósito de novos carros da Volskwagen em São José dos Campos, próximo a São Paulo
Foto: Roosevelt Cassio / Reuters

Apesar das recentes demissões na Volkswagen e na Mercedez-Benz, que já passam de 1 mil, o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rossetto, acredita que o setor automobilístico não passa por uma crise no país. Na visão dele, a situação é limitada as duas montadoras. Da semana passada para cá, sindicatos de metalúrgicos têm protestado contra as dispensas de trabalhadores em São Paulo.

“Não há crise setorial e nem estrutural”, afirmou o ministro. A declaração ocorreu durante café da manhã com jornalistas em Brasília nesta terça-feira (13). Mesmo rejeitando a crise, tratando as demissões como casos relacionados apenas as duas montadoras alemãs, Rossetto diz que o governo tem acompanhado a situação. Para ele, a situação pode ser resolvida com diálogo.

SP: trabalhadores da Volkswagen bloqueiam Rodovia Anchieta:

Na agenda do ministro para esta terça-feira está marcada uma reunião com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques. A entidade quer apresentar a Rossetto um plano para aumentar a proteção do emprego aos metalúrgicos. “Nós acreditamos no diálogo direto e permanente entre empresas e trabalhadores, neste momento”, disse.

Rossetto, no entanto, garante que o governo está monitorando a situação, mesmo considerando não haver crise no setor. Além da reunião marcada para hoje com o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que também terá representantes da Volkswagen, há a expectativa de um novo encontro de integrantes do governo com as montadoras e as entidades de classe na próxima semana, entre os dias 19 e 20.

Até o momento, foram registradas 800 demissões na Volkswagen e 244 na Mercedez. O anúncio ocorreu quando os trabalhadores voltaram de uma licença-remunerada de 30 dias. A decisão das montadoras causou revolta na categoria. Ontem (12), um protesto convocado pelos sindicatos dos metalúrgicos resultou no fechamento da Rodovia Anchieta, um dos principais acessos a São Paulo.

As demissões foram anunciadas na semana passada. No caso da Volkswagen, os funcionários receberam a informação por telegrama. A montadora disse que as dispensas ocorreram por conta diante do cenário de queda nas vendas de carros.

Fonte: Especial para Terra
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