Script = https://s1.trrsf.com/update-1725976688/fe/zaz-ui-t360/_js/transition.min.js
PUBLICIDADE

Governo confirma casos de gripe aviária no Brasil; setor não espera impacto nas exportações

Segundo Ministério da Agricultura, vírus foi detectado em duas aves silvestres no litoral do Espírito Santo e não na indústria; País é o maior exportador de carne de frango do mundo

15 mai 2023 - 17h27
Compartilhar
Exibir comentários

O Brasil registrou o seu primeiro caso de influenza aviária H5N1 neste ano, informou nesta segunda-feira, 15, o Ministério da Agricultura. O vírus foi detectado em duas aves silvestres no litoral do Espírito Santo, segundo a pasta. Em nota, o ministério diz que a infecção em aves silvestres não afeta a condição do Brasil como país livre de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) e o comércio internacional deve ser mantido.

O Ministério da Agricultura está investigando o caso.
O Ministério da Agricultura está investigando o caso.
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Estadão

O País estava em alerta quanto à doença desde que casos foram identificados em países vizinhos nos primeiros meses deste ano. O número de focos da doença vem crescendo no mundo.

Segundo as informações do ministério, a investigação do caso começou na quarta-feira, 10, pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO), após ter recebido notificação do Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos de Cariacica, do Espírito Santo.

"Foram resgatadas duas aves marinhas da espécie Thalasseus acuflavidus (nome popular Trinta-réis-de-bando), uma localizada no município de Marataízes e outra no bairro Jardim Camburi, em Vitória, ambas no litoral do Espírito Santo. Material para diagnóstico, amostras biológicas foram colhidas pelo SVO e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária de São Paulo (LFDA-SP), unidade de referência da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA), que confirmou se tratar de Influenza Aviária de Alta Patogenicida (IAAP) de subtipo H5N1?, explicou a pasta.

A influenza aviária é uma doença viral altamente contagiosa que afeta, principalmente, aves silvestres e domésticas, observou o ministério.

"Atualmente o mundo vivencia a maior pandemia de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais. A depender da evolução das investigações e do cenário epidemiológico, novas medidas sanitárias poderão ser adotadas pelo Mapa e pelos órgãos estaduais de sanidade agropecuária para evitar a disseminação de IAAP e proteger a avicultura nacional", observou o ministério.

De acordo com a pasta, as principais medidas de prevenção da doença estão sendo intensificadas, sobretudo no que tange à conscientização da população e dos criadores de aves especialmente para a imediata notificação de casos suspeitos da doença e de reforço das medidas de biosseguridade na produção avícola.

O ministério lembra que a doença pode ser transmitida a humanos por meio de contato com aves infectadas (vivas ou mortas). A orientação é que a população não recolha ou toque em aves doentes, devendo acionar o serviço veterinário local se encontrar ou avistar aves doentes.

Comércio internacional

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) disse ter, "como princípio, as recomendações da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)" de não suspender a exportação ou o fluxo comercial de produtos avícolas nos casos em que a gripe aviária for registrada em aves silvestres e não de criação comercial.

Na nota, a entidade destaca que o caso não foi detectado no sistema industrial brasileiro. "É importante reiterar que a situação foi registrada em duas aves marinhas migratórias, e não ocorreu dentro do sistema industrial brasileiro, que segue os mais rígidos protocolos de biosseguridade. Por isso, não há qualquer mudança em relação ao abastecimento interno de produtos", diz.

A associação informou também que, diante do caso, juntamente com o setor produtivo e com a Associação dos Avicultores do Estado do Espírito Santo (Aves), está mobilizada para monitorar a situação por meio de um comitê de crise, o Grupo Especial de Prevenção à Influenza Aviária (Gepia).

"A ABPA ressalta que é totalmente seguro o consumo da carne de aves e ovos, segundo informações cientificamente respaldadas pela OMSA, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e outros órgãos reconhecidos internacionalmente", concluiu a entidade.

O Brasil é o primeiro maior exportador e segundo maior produtor de carne de frango do mundo.

Estadão
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Seu Terra












Publicidade