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Governo da Nova Caledônia colapsa por tensões ligadas a independência e níquel

2 fev 2021 - 20h48
(atualizado às 21h00)
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O governo de coalizão da Nova Caledônia, um território francês no Pacífico, entrou em colapso após a renúncia de políticos pró-independência, que citaram persistentes problemas econômicos e as tensões relacionadas à venda de ativos de níquel, noticiou a mídia local na quarta-feira.

Protestos pela independência da Nova Caledônia em Kone 
25/07/2003
REUTERS/Philippe Wojazer
Protestos pela independência da Nova Caledônia em Kone 25/07/2003 REUTERS/Philippe Wojazer
Foto: Reuters

O arquipélago do Pacífico Sul, localizado 1.200 km a leste da Austrália, foi dominado por protestos ligados ao processo de venda da unidade local de níquel da mineradora brasileira Vale, com manifestantes afirmando que uma oferta local foi negligenciada de forma injusta.

Com uma população de cerca de 290 mil habitantes, a Nova Caledônia também enfrenta a questão da descolonização, depois de rejeitar votos de independência em duas ocasiões, em 2018 e 2020. Um terceiro referendo de independência, para separá-la da França, está previsto para o final do ano que vem.

Cinco políticos pró-independência no executivo composto por 11 membros renunciaram, noticiou a mídia local. O Congresso precisa eleger um novo governo em 15 dias.

A Nova Caledônia é a quarta maior produtora de níquel do mundo, atrás somente de Indonésia, Filipinas e Rússia. É esperado que a demanda por níquel, utilizado especialmente na fabricação de aço inoxidável, cresça rapidamente como matéria-prima para baterias de veículos elétricos.

A Vale deseja vender seu negócio de níquel na Nova Caledônia para um consórcio de compradores, que inclui a trading suíça de commodities Trafigura. Os líderes indígenas Kanak apoiam uma oferta anterior, que visava manter a propriedade sob controle majoritário do território da ilha.

Em uma carta de renúncia, os membros do governo citaram o processo de venda, questões orçamentárias e a falta de consultas sobre o próximo referendo pela independência como motivos para a decisão de deixar a coalizão.

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